Apenas no oitavo dia de 2019, você pode não ter percebido o quanto já pagou em impostos. Embora o início do ano seja sempre marcado pela chegada dos inúmeros carnês de tributos, é difícil acreditar que somente em Blumenau foram R$ 11,9 milhões. São R$ 600 mil a mais do que o recolhido pelo governo no mesmo período do ano passado. Isso às 16h, pois o contador não para de rodar.
Em Santa Catarina, o montante já chega a R$ 2,5 bilhões. O valor representa 3,91% da arrecadação do Brasil. Segundo o Impostômetro, site mantido por entidades comerciais paulistas e pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação de São Paulo, em todo o território nacional, de 1º a 8 de janeiro, foram pagos R$ 63,8 bilhões.
Para transportar todo o dinheiro de impostos já arrecado pelo governo em notas de R$ 100 seriam necessários, por exemplo, 21 containers de 20 pés. Também seria possível comprar 177.289 unidades do carro BMW M2 2.0. Se aplicado na poupança, renderia de juros R$ 8.605 por minuto. Todo esse dinheiro, porém, é dividido entre municípios, estados e União.
A repartição se dá nas seguintes proporções: 7,55% para prefeituras, 27,10% para estados e 65,40% para o governo federal. É por isso que muitos gestores municipais defendem e cobram a revisão do chamado Pacto Federativo. O que se busca é uma divisão mais igualitária dos recursos, para que as prefeituras consigam honrar seu compromissos.
No período de campanha, em 2018, o atual ministro da Economia Paulo Guedes afirmou ser de interesse do presidente Jair Bolsonaro rever o tema. Para as prefeituras, se o percentual de retorno for maior, aumentará a capacidade de investimentos, o que reflete no cotidiano da prestação de serviços públicos, como obras e manutenção da cidade.
Fonte: nsc/Por Talita Catie | Foto: Reprodução
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