O atleta de Itajaí Rodrigo Nascimento é campeão do mundo no revezamento 4×100 metros, em competição realizada em Yokohama, no Japão, na noite deste domingo (manhã no Brasil). A equipe que conquistou o título inédito para o país ainda contou com Jorge Vides, Derick Silva e Paulo André Camilo de Oliveira.
Na prova que encerrou o evento, o time brasileiro fez a prova em 38s05, apenas dois centésimos a frente do quarteto favorito, os Estados Unidos, que terminou com o segundo lugar – foi a menor diferença para a vitória na história dos Mundiais de Revezamento. A terceira posição ficou com a equipe da Grã-Bretanha, com 38s15.
Rodrigo Pereira do Nascimento, de 24 anos, abriu o revezamento na pista do Estádio Internacional de Yokohama – o mesmo em que o Brasil foi pentacampeão mundial de futebol, em 2002. O resultado ainda classificou o país nessa prova para o Mundial de Atletismo em Doha, no Catar, entre o final de setembro e início de outubro deste ano.
— Com essa vaga que eles conquistaram para Doha, acho que é um passo a mais para ele conseguir presença nas Olimpíadas (de Tóquio, ano que vem). Em 2016 (Londres), ele esteve muito perto do índice. Desta vez, acredito que não vai escapar, tanto no individual quando no revezamento — disse Luciano Moser, técnico da Associação Comunidade do Atletismo, de Itajaí.
Na história
Depois de ser aluno de Luciano, Rodrigo passou a ser treinado por ele pelo clube itajaiense em 2008, mas teve que parar em 2010 por questões financeiras — precisou trabalhar em uma empresa de perfuração e bombeamento. Só que ele voltou em 2011, praticando durante a noite em uma pista sem iluminação. Daí, não parou mais de evoluir.
Desde o ano passado, o velocista catarinense está treinando em São Paulo. O agora campeão mundial tem 10s14 como melhor marca pessoal nos 100m, em Portugal, no ano passado. Este ano, o melhor tempo foi 10s19. O índice exigido para o Mundial de Doha é de 10s10, e deve ser obtido até o dia 6 de setembro.
No revezamento 4x100m masculino, o Brasil já conquistou três medalhas em Olimpíadas. A mais expressiva foi a prata em 2000, nos Jogos de Sydney, na Austrália, que ainda é o recorde sul-americano, com 37s90. O país também possui dois bronzes, em Atlanta (1996) e Pequim (2008).
Fonte: nsc/Por Leandro Lessa | Foto: Luciano Moser
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