A Vigilância Sanitária de Indaial orienta a população sobre o descarte adequado do caramujo-gigante-africano. O setor ressalta que é de obrigatoriedade do proprietário do imóvel o controle desse animal, portanto a Vigilância não recolhe o caramujo.
O caramujo-gigante-africano, de nome científico Achatina fulica, é um molusco oriundo da África. Ele também é chamado de acatina, caracol-africano, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante ou rainha-da-África. Esse animal pode pesar 200 gramas e medir cerca de 10 a 15 centímetros de comprimento e 20 centímetros de altura. Sua concha é escura, com manchas claras, alongada e cônica. Além disso, sua borda é cortante.
Foi introduzido ilegalmente no Brasil na década de 1980, no Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior que a desse animal. Levado para outras regiões do país, tal espécie acabou não sendo bem aceita entre os consumidores e também proibida pelo Ibama, fazendo com que muitos donos de criadouros, displicentemente, liberassem seus representantes na natureza, sem tomar as devidas providências.
A ausência de predadores naturais, aliado à resistência e excelente capacidade de procriação desse animal, permite que o caramujo se adapte bem a diversos ambientes, hoje encontrado em 23 estados. Em um único ano, o mesmo indivíduo é capaz de dar origem a aproximadamente 300 crias.
A indicação é que o morador realize de forma manual a catação dos animais e de seus ovos, colocando-os em recipientes, com a posterior quebra de suas conchas antes de eliminá-los. Isso porque tais estruturas podem acumular água e servirem de criadouro em potencial para os ovos do Aedes aegypti. Depois, recomenda-se a aplicação de cal virgem sobre os caramujos quebrados e o posterior enterramento em local longe de lençóis freáticos, cisternas ou poços artesianos.
“É indicado também o uso luvas nesse processo. O caramujo não pica, mas pode transmitir doenças se for consumido cru ou se o ser humano entrar em contato de forma direta com as secreções do animal. As secreções ainda podem aparecer nas verduras e legumes, por isso é recomendado lavar os alimentos em água corrente e colocá-los em um recipiente com água, adicionar uma colher de hipoclorito de sódio para cada litro de água, aguardar por 15 minutos e lavá-los novamente em água corrente”, explica o coordenador da Vigilância Sanitária, Rogério Brassiani.
A orientação da Vigilância é manter o imóvel limpo, não acumular restos de material de construção e evitar plantas em excesso, que possam servir de criadouros. “A tendência da próxima estação é a diminuição, pois o ponto de maior incidência é no período de calor, contudo os cuidados devem prevalecer durante todo o ano”, enfatiza Rogério.
Fonte: Imprensa de Indaial
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