Os 10 pontos de coleta de amostras de água do mar na Praia Central de Balneário Camboriú trouxeram um resultado alarmante na última análise de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Todos estão impróprios para banho, de acordo com os parâmetros do órgão ambiental.
A água analisada foi coletada no dia 21 de janeiro, segunda-feira passada. Diferente da coleta da semana anterior, que também trouxe índices preocupantes de balneabilidade, desta vez não havia chovido forte um dia antes.
Um ponto é considerado impróprio para banho pelo IMA quando três, das últimas cinco análises, têm uma quantidade de coliformes fecais acima do aceitável. Os parâmetros são os mesmos para todo o país, estabelecidos por meio de resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Ter toda a extensão da Praia Central imprópria para banho é um problema sério para o turismo em Balneário Camboriú _ que, como o restante do Litoral catarinense, sofre com a falta de turistas argentinos neste verão. As únicas praias que receberam sinal verde para o banho de mar foram as agrestes _ Taquaras, Estaleiro e Estaleirinho.
Mais coletas
O secretário municipal de Meio Ambiente, Ike Gevaerd, diz que a análise contratada pela Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), feita em paralelo à do órgão estadual, trouxe apenas um ponto impróprio, na saída do Rio Marambaia, no Pontal Norte. A coleta foi feita na quarta-feira, dois dias depois do IMA.
A prefeitura deve pedir ao órgão estadual uma reunião para alterar o modelo de coleta e análise semanal.
_ Nossa sugestão é que façam mais coletas, ou pelo Estado ou pelo município. Não queremos dizer com isso que o IMA está errado, mas não podemos ficar cinco semanas aguardando (mudança na classificação) _ afirma o secretário.
A ideia é que, com mais coletas, o período de comparação para estabelecer se o local está ou não apropriado para o banho de mar passe a ser mais curto.
Balneário Camboriú é a única cidade do Estado que tem análise de balneabilidade feita pelo IMA durante o ano todo, semanalmente. O monitoramento intensivo foi uma determinação judicial.
Fonte: nsc/Por Dagmara Spautz | Foto: Luiz Carlos Souza
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