O prefeito de Timbó Flávio Buzzi, o vice Rangel Bonatti e o secretário de Fazenda e Administração, João Luiz Moser, realizaram na manhã desta quarta-feira, 5, uma coletiva de imprensa no CIC sobre a situação financeira da cidade.
Buzzi revelou que, diferente do que foi dito pela gestão anterior, não foi deixado dinheiro em caixa para término das obras.
Dessa forma, obras como do Complexo Esportivo, Rua Santa Catarina e ponte Capitais-Nações ficarão paradas.
Segundo o secretário João Moser, será preciso, primeiro, fazer dinheiro em caixa, ou seja, esperar entrar os valores da arrecadação municipal.
“Ainda não sabemos quando isso vai acontecer, podemos estar falando em curto ou médio prazo”, disse Moser.
Moser apresentou a prestação de contas do município.
Hoje, a prefeitura tem R$ 2,9 milhões de superávit livre, ou seja, valores que não têm destino definido.
Outros R$ 4 milhões são de superávit vinculado, o que quer dizer que já possui destino certo e, por lei, não podem ser desviados para outras finalidades.
O problema é que o superávit livre não poderá ser repassado para as obras porque o município tem outros compromissos, como, por exemplo, como a folha de pagamento.
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Um dos exemplos apresentados durante a coletiva são as obras licitadas para drenagem pluvial da bacia da Rua Áustria.
O valor total da obra é de R$ 1,9 milhão; sendo que R$ 1,5 milhão já foi empenhado (ou seja, já há dinheiro em caixa). Já o restante, de R$ 329 mil, vai ter que sair do orçamento de 2025.
O mesmo aconteceu com diversas outras obras. Portanto, o valor que, segundo a prefeitura, deveria ter sido ser deixado em caixa (só para as obras) é de R$ 5 milhões.
Para Buzzi, o cenário não é alarmante, não se trata de uma crise financeira.
“Porém, temos que deixar claro que não há dinheiro para terminar as obras agora. Vamos fazer, estamos comprometidos, só não agora”, afirmou.
Buzzi tranquilizou a população de que saúde e educação não sofrerão com a falta de recursos.
“Nosso maior gargalo são as obras e vamos procurar formas de resolver”, prometeu.
Outra revelação feita pelo prefeito diz respeito às emendas parlamentares.
Segundo ele, muitas foram gastas – em saúde e educação, por exemplo, como manda a lei – mas os valores que seriam destinados a ONGs e associações deveriam estar em caixa, o que não aconteceu.
De R$ 1,9 milhão do total de emendas, ficou em caixa pouco mais de R$ 700 mil para repassar às entidades.
De forma geral, estão faltando em caixa os R$ 5 milhões das obras mais R$ 1,1 milhão das emendas.
O que deixa a prefeitura com um saldo negativo de R$ 3,4 milhões.
Veja abaixo o que disse o prefeito Flávio Buzzi.
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