A mãe do filhote, que o amamentou por cerca de três semanas, partiu em direção à Argentina.
O primeiro filhote de elefante-marinho-do-sul registrado no Brasil, nascido em Santa Catarina, deixou o local onde passou seus primeiros dias e seguiu para outra praia em Garopaba, conforme informou o projeto APA da Baleia Franca.
A mãe do filhote, que o amamentou por cerca de três semanas, partiu em direção à Argentina, comportamento típico da espécie, que deixa os jovens sozinhos após o período inicial de cuidados.
Segundo divulgado pelo G1 SC, o Instituto Australis, integrante do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), contou que o filhote nasceu no dia 11 de outubro na praia do Siriú e, enquanto permanecer em território catarinense, será monitorado por equipes de pesquisa e voluntários.
Posteriormente, a bióloga Karina Groch, diretora de pesquisa do projeto, relatou que o filhote deve ficar na região de um a três meses para aprender a nadar e se alimentar sozinho, antes de iniciar sua jornada de aproximadamente 3 mil quilômetros até a Patagônia Argentina. Ela explicou que a Patagônia abriga a colônia reprodutiva mais próxima da costa brasileira.
Ainda segundo o G1 SC, nos últimos dias com a mãe, o filhote ganhou peso, conforme avaliação visual feita por meio de drones. Inicialmente, estima-se que ele pesava cerca de 45 quilos, podendo ter dobrado seu peso desde então. O comprimento também aumentou, passando de 1,30 metro ao nascimento para 1,60 metro, segundo projeções baseadas nas imagens.
A espécie, cujo nome científico é Mirounga leonina, vive predominantemente no mar ao redor da Antártica e se alimenta de peixes e lulas. Ao repousar em praias, costuma jogar areia ou seixos úmidos nas costas para se refrescar em dias quentes.
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Esses elefantes-marinhos podem atingir até 6 metros de comprimento e pesar cerca de 5 toneladas na fase adulta.
Embora seja raro observar nascimentos no Brasil, a maioria dos indivíduos que chegam ao litoral catarinense provém de colônias argentinas, como a da Península Valdés, com a maior concentração populacional situada nas ilhas Geórgia do Sul, ao sul do Atlântico.
O Projeto de Monitoramento de Praias e equipes do ICMBio seguem acompanhando o desenvolvimento do filhote, orientando os banhistas para manter distância e respeitar os momentos de descanso do animal, essenciais para sua adaptação e crescimento seguro.
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