O Ministério Público de Santa Catarina entrou com uma ação na Justiça para impugnar a candidatura de Sílvio César da Silva, do PL, em Indaial.
A ação pede que Silvio, o vice Jonas Luiz de Lima e o prefeito André Moser sejam investigados por abuso de poder político, que teria acontecido em diversas ações referentes à inauguração da ponte Zelir Tirol, no dia 22 de setembro.
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O processo judicial foi motivado pelo que a Justiça constatou em uma outra ação judicial: o fato de que a inauguração da ponte foi antecipada em dois meses, para antes das eleições.
Para a promotoria, o prefeito fez uso eleitoral da inauguração da ponte, o que é proibido por lei.
O evento foi antecipado e a ponte foi entregue faltando poucos dias para a eleição e sem a sinalização adequada, faltando placas e faixas de pedestres, como mostrou o Misturebas News.
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A Justiça chegou a determinar o fechamento da ponte por falta de segurança.
Engenheiros responsáveis pela obra prestaram depoimento e confirmaram que a falta de sinalização adequada ocorreu em função da antecipação da inauguração.
Outra irregularidade apontada foi a escolha da data.
O promotor Djônata Winter considerou que “a escolha do dia 22 de setembro para a inauguração teve o claro objetivo de destacar o número de urna dos candidatos Silvio e Jonas (22), assim como do Partido Liberal, estabelecendo uma associação evidente entre a obra pública e as candidaturas“.
Mais um problema: a divulgação da notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro participaria da inauguração da ponte.
“Tal fato aponta para uma divulgação evidentemente falaciosa quanto à participação de Jair Bolsonaro no evento, com o único objetivo de atrair maior atenção a ele e criar uma associação de apoio dele com a Administração Municipal atual e os candidatos escolhidos para lhe suceder“, escreveu o promotor.
Se o juiz acatar a recomendação do MP, Silvio, André e Jonas podem ficar inelegíveis por oito anos.
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