Entre janeiro e agosto de 2024, foram contabilizados 215 doadores efetivos.
No cenário nacional, Santa Catarina tem se sobressaído durante o mês dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o estado ocupa a segunda posição em termos de doações, com um índice de 40,7 por milhão de habitantes (pmp).
Entre janeiro e agosto de 2024, foram contabilizados 215 doadores efetivos, ou seja, pacientes diagnosticados com morte encefálica e cujas famílias autorizaram a doação.
Apenas o Paraná supera Santa Catarina, com 42,3 doações pmp, conforme informações da NSC Total. Rondônia, com 40,5 pmp, e o Rio de Janeiro, com 27,0 pmp, seguem em posições inferiores. O índice catarinense ultrapassa de forma expressiva a média nacional, que é de 19,5 pmp.
A SC Transplantes, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou 504 notificações de possíveis doadores no primeiro semestre de 2024. Um dos destaques de Santa Catarina é a baixa taxa de recusa familiar para a doação de órgãos, que está em 35%, enquanto a média nacional chega a 45%.
Esse dado reflete o índice de famílias que optam por não permitir a doação após a confirmação da morte encefálica.
O Estado conta atualmente com 69 hospitais que fazem parte do Sistema Estadual de Doação, cujas equipes das Comissões Hospitalares de Transplantes passam por treinamentos contínuos para assegurar a eficiência e a qualidade do processo.
Setembro é dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos, e no dia 27, celebra-se o Dia Nacional da Doação de Órgãos.
A campanha tem como objetivo principal estimular o diálogo entre familiares sobre o desejo de doar, já que o procedimento só pode ser realizado com o aval da família do falecido.
Qualquer pessoa pode se tornar um potencial doador, bastando que seu desejo seja comunicado aos familiares.
Uma vez autorizado, o processo de doação se inicia com a logística de transporte dos órgãos, a seleção dos receptores mais adequados e a posterior distribuição dos órgãos para transplante.
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Em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Saúde/SAMU, a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e empresas de táxi aéreo, além de voos comerciais, estão à disposição para garantir o transporte ágil de órgãos e tecidos, o que é fundamental, dado que alguns órgãos, como pulmões e corações, necessitam ser transplantados em até quatro horas após a extração.
O tempo para completar o processo de transplante varia entre oito e 12 horas, dependendo do tipo de órgão envolvido, reforçando a importância de uma logística bem coordenada para garantir o sucesso das operações.
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