A qualidade do ar em Porto Alegre foi classificada como insalubre na última terça-feira.
Na última terça-feira (10), moradores da região Sul foram pegos de surpresa pelo fenômeno conhecido como “chuva preta”. A expectativa é de que o fenômeno se repita em outras áreas nos próximos dias, acompanhando a chegada de uma frente fria.
De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a causa do fenômeno está na fuligem proveniente de queimadas, que se mistura com as precipitações, conferindo à água uma coloração escura.
A meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo, explicou que o fenômeno ocorre quando a água das nuvens atravessa uma atmosfera carregada de fumaça.
O fenômeno também foi registrado em localidades do norte do Uruguai, na fronteira com o Rio Grande do Sul. A previsão aponta que cidades como Porto Alegre, Pelotas, Arroio Grande, São Lourenço do Sul e São José do Norte poderão ser atingidas nos próximos dias.
Além da “chuva preta”, a fumaça também gera o fenômeno do “sol alaranjado”, como detalha Andrea Ramos, meteorologista da Climatempo. Ela esclareceu que a presença de partículas de fuligem e fumaça na atmosfera altera a cor do sol, refletindo a quantidade de poluentes no ar.
A qualidade do ar em Porto Alegre foi classificada como insalubre na última terça-feira, segundo a empresa suíça IQ Air.
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O nível de partículas finas na capital estava 12 vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), representando risco à saúde, especialmente por seu pequeno diâmetro, que permite a inalação profunda.
A Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre orientou a população a evitar atividades ao ar livre e buscar assistência médica em caso de problemas respiratórios.
Para grupos vulneráveis, como pessoas com condições cardíacas e respiratórias, a recomendação é ter medicamentos ao alcance e procurar atendimento médico ao notar piora nos sintomas.
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