Segundo os cientistas, o dinossauro encontrado tem aproximadamente 233 milhões de anos.
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) descobriram um fóssil de dinossauro parcialmente exposto em um sítio fossilífero localizado no interior de São João do Polêsine, na Região Central do Rio Grande do Sul.
A descoberta foi facilitada pelas chuvas intensas de maio, que provocaram enchente na área.
O Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa) da UFSM está coordenando os estudos. Segundo os cientistas, o dinossauro encontrado tem aproximadamente 233 milhões de anos, o que o coloca entre os mais antigos do mundo.
As escavações, que duraram quatro dias, foram realizadas no final de maio. Após a retirada da rocha que continha o fóssil, os pesquisadores perceberam que se tratava de um dinossauro quase completo, com cerca de 2,5 metros de comprimento.
De acordo com informações do G1 RS, a região onde o fóssil foi descoberto é datada do período Triássico, o primeiro da Era Mesozoica. Durante este período, o ecossistema estava se recuperando de uma grande extinção, e os primeiros dinossauros estavam começando a aparecer.
Após a conclusão do trabalho de campo, os pesquisadores se dedicarão à análise laboratorial para determinar se o espécime encontrado é de uma espécie já conhecida ou se representa uma nova descoberta. Esta fase da pesquisa está prevista para ser concluída ainda este ano.
Além do esqueleto quase completo, os paleontólogos encontraram fósseis mais fragmentados de animais que precederam os mamíferos em outros municípios da região, como Faxinal do Soturno, Agudo, Dona Francisca e Paraíso do Sul.
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Embora as chuvas possam revelar novos fósseis, elas também aumentam o risco de destruição dos mesmos devido à ação da água, vento e sol. Fósseis menores são especialmente vulneráveis, podendo ser expostos e destruídos no mesmo período de chuvas.
A equipe de pesquisadores está monitorando os sítios paleontológicos após as enchentes de maio em busca de fragmentos expostos.
Veja abaixo as etapas envolvidas no processo de descoberta e preservação dos fósseis:
1. Localização do fóssil.
2. Início da coleta pelos paleontólogos, que envolve a escavação e extração da rocha contendo o fóssil.
3. Transporte do material fóssil para o laboratório.
4. Trabalho de extração do fóssil da rocha, utilizando marteletes, bisturis e aplicação de resinas para garantir a integridade da peça.
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