Desde o início do conflito, pelo menos 38.300 palestinos morreram.
Neste sábado, pelo menos 71 pessoas perderam a vida e mais de 280 ficaram feridas após um bombardeio israelense atingir o campo de refugiados de Al-Mawasi, no sul da Faixa de Gaza, área designada como “zona humanitária”.
Fontes palestinas informaram que três mísseis atingiram a área central de Al-Mawasi, localizada a oeste de Khan Younis, onde milhares de palestinos deslocados foram abrigados após o início das operações militares israelenses em Rafah.
Equipes do Crescente Vermelho Palestino relataram ter transportado pelo menos 23 corpos e 102 feridos para hospitais próximos, enquanto o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, ainda tratava os casos mais graves.
Moradores locais também ajudaram no transporte das vítimas utilizando automóveis, carroças e até mesmo carregando-as nos ombros.
O ataque visava Mohamed Deif, comandante das Brigadas al-Qassam do Hamas, considerado o número dois do grupo na Faixa de Gaza.
Também era alvo Rafa’a Salameh, comandante da brigada de Khan Younis. Até o momento, não se sabe se Deif e Salameh estão entre os mortos ou feridos.
O governo do Hamas em Gaza condenou veementemente o bombardeio, afirmando que causou centenas de mortos e feridos, e que as equipes de resgate continuam a recuperar corpos em meio à escassez de serviços médicos adequados para lidar com a situação.
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Apesar de Al-Mawasi ser uma “zona humanitária”, a área sofreu repetidos ataques israelenses. No dia anterior ao bombardeio, forças israelenses confirmaram a morte de Hosam Mansur, trabalhador de uma ONG na zona costeira de Al-Mawasi, acusado de ser membro do Hamas. Outras três pessoas morreram no ataque.
Operações militares continuam no sul de Gaza, com Israel alegando ter destruído um armazém de parapentes do Hamas e eliminado vários combatentes.
Desde o início do conflito, pelo menos 38.300 palestinos morreram, muitos ainda soterrados sob os escombros, segundo as autoridades de saúde de Gaza.
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