Há quatro anos, a vida influenciadora Mariana Michelini mudou radicalmente. Ela fez um preenchimento labial em Matão (SP) em que foi usada (segundo ela, sem seu conhecimento) uma substância permanente, o PMMA. Meses após o procedimento, houve uma inflamação e Mariana precisou retirar o lábio superior.
A influenciadora diz que muitos médicos consideravam que não havia muito o que fazer. Até que ela conheceu o projeto “Leozinho”, criado pelo cirurgião bucomaxilofacial Raulino Brasil, em 2021, uma iniciativa voltada para pacientes de baixa renda que possuem deformação na face. Até agora, cerca de 30 pessoas foram beneficiadas.
Para o cirurgião, o processo de reconstrução do rosto da influenciadora tem sido um dos mais desafiadores da carreira. Na última terça-feira, em mais uma cirurgia, ele usou um retalho da língua dela como enxerto para restaurar o lado esquerdo do lábio superior. O mesmo já havia sido feito na parte direita, em junho.
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Os procedimentos acontecem no hospital dele, em Araranguá, no Sul de Santa Catarina, ou na clínica, em Palhoça, na Grande Florianópolis, dependendo da complexidade. De acordo com o idealizador, cerca de 15 profissionais atuam na iniciativa, entre médicos, anestesistas e bucomaxilos. Não há parcerias com o poder público.
PMMA
O uso do produto para fins estéticos, apesar de ser liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Sua venda não é restrita, de modo que profissionais não médicos podem fazer aplicações.
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