O Rio Grande do Sul vive uma das piores tragédias climáticas da história do Estado e a todo momento chegam relatos de novas vítimas.
Em Santa Maria, no bairro Itararé, uma encosta desmoronou no Morro Cechella causando a morte da adolescente Emily Ulguin da Rocha, de 17 anos. A mãe dela, Liane Ulguin da Rocha, de 45 anos, continua desaparecida.
O deslizamento atingiu três casas. Um menino, da mesma família de Emily, foi resgatado com vida.
O prefeito Jorge Pozzobom disse que a cidade nunca enfrentou nada igual. “Nossa prioridade é o atendimento às vítimas e o suporte aos desalojados”, afirmou. No bairro, cerca de 20 pessoas foram retiradas das casas pelo risco de novos deslizamentos e encaminhadas à uma igreja na região. Outras 40 pessoas estão abrigadas no Centro Desportivo Municipal. No total, 120 famílias estão desalojadas ou desabrigadas.
Santa Maria registrou o maior volume de chuvas já registrado no planeta até a tarde de quarta-feira, com 214 milímetros, conforme dados do Ogimet, que reúne informações meteorológicas de diversos centros mundiais. Nos últimos quatro dias, foram 450 mm.
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A cidade tem 17 pontes danificadas, o que dificulta a mobilidade das equipes de resgate e apoio humanitário. Pelo menos seis bairros, além da zona rural, estão inundados.
Outro problema é o desabastecimento de água, já que três das quatro adutoras que servem à cidade sofreram ruptura. Nos mercados da cidade, há corrida por garrafões de água potável.
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