Eles estão sendo acusados por homicídio qualificado, estupro de vulnerável, tortura, cárcere privado etc.
Após um ano e sete meses do trágico homicídio de Luna Gonçalves, de 11 anos, os acusados enfrentarão o tribunal. O júri está marcado para quinta-feira, dia 16 de novembro, no Fórum de Timbó, situado na rua Honorato Tonolli, 177, no bairro das Nações. O crime brutal abalou profundamente os habitantes locais. Os réus – mãe da vítima e padrasto – são acusados de homicídio qualificado, estupro de vulnerável, tortura, cárcere privado, fraude processual e falsa autoacusação.
Julgamento antecipado
Um dos julgamentos mais aguardados será realizado no novo edifício do Fórum de Timbó, substituindo o auditório da Câmara de Vereadores, com capacidade para 160 pessoas, pelo espaço do Fórum, com capacidade para 88 pessoas.
Segundo informações obtidas pelo Jornal do Médio Vale (JMV), o advogado Diego Warmling Valgas atuará como assistente de acusação do Ministério Público (MPSC), ao lado dos promotores Alexandre Daura Seratine e Tiago Davi Schmitt.
A advogada Luise Valerim de Freitas defenderá a mãe da vítima, enquanto o advogado Geazi de Oliveira Viegas representará o padrasto.
O início do julgamento está previsto para às 9h. Serão distribuídas 88 senhas, sendo 25 para os jurados e as restantes para o público interessado em acompanhar o caso.
Composição do tribunal
O Tribunal do Júri será composto por um juiz presidente e 25 jurados, dos quais sete serão sorteados para integrar o conselho de sentença, responsável por afirmar ou negar a existência do crime atribuído. O juiz Ubaldo Ricardo da Silva Neto presidirá o tribunal do júri.
Caso chocante
O crime, ocorrido em 13 de abril de 2022, revelou que o padrasto, também professor de artes marciais, agrediu Luna com socos, chutes, cotoveladas e um objeto utilizado para domar cavalos, deixando marcas em seu corpo.
Mesmo após a menina ficar inconsciente, as agressões prosseguiram, resultando em sua morte. Inicialmente, o casal alegou que Luna havia caído de uma escada, mas a autópsia revelou sinais de violência.
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Após a morte da criança, mãe e padrasto tentaram apagar evidências dos celulares e limpar o local do crime. Investigações revelaram que professores suspeitavam das agressões sofridas por Luna em casa, motivando o pedido de transferência da criança, que passou todo o mês de abril fora da escola. De acordo com a polícia, o padrasto foi o único homem que teve contato com a menina nesse período.
O caso despertou debates sobre a proteção de crianças e adolescentes, provocando mudanças em várias esferas, como escolas e conselhos tutelares, para assegurar maior proteção à juventude.
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