Cid está preso desde maio
A Polícia Federal confirmou que aceitou o acordo de delação premiada feito por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Cid compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde da última quarta-feira, 6, acompanhado de seu advogado Cesar Bittencourt, para confirmar a delação.
Porém, para que isso aconteça e tenha validade, o STF precisa homologar o acordo.
Além disso, o Ministério Público Federal também precisa recolher as informações fornecidas por Cid para estabelecer como o acordo será firmado e quais serão suas condições.
O tenente-coronel já ofereceu três temas aos investigadores da PF em sua proposta de delação premiada: joias sauditas, cartão de vacinação e golpe de Estado.
Essa proposta de Cid implica Jair Bolsonaro em alguns episódios, porém Bittencourt afirmou publicamente que Cid não “aponta o dedo” para ninguém.
Apesar da PF aceitar o acordo de Cid, alguns integrantes do MPF se manifestaram contra a delação premiada.
Além disso, a defesa de Cid também mencionou preocupações com o que com a segurança da família Cid, especialmente considerando o envolvimento criminal do pai de Cid, o general Lourena Cid, e da esposa do ex-ajudante de ordens, Gabriela Cid.
Porém, apesar disso, Mauro Cid deve prestar novos depoimentos a partir da próxima semana, e a família Cid espera que ele possa cumprir prisão domiciliar.
A partir dos depoimentos de Cid, novas diligências serão realizadas, incluindo prisões e buscas, o que tem gerado preocupação no entorno bolsonarista.
Defesa pede liberdade provisória após acordo de delação premiada
Mauro Cid está preso desde maio por investigações envolvendo a suposta fraude nos cartões de vacina da família Bolsonaro.
Ele também é suspeito de estar envolvido no esquema de venda de joias recebidas pelas comitivas brasileiras em viagens internacionais.
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Ele também foi interrogado pela PF pela contratação do hacker Walter Delgatti Neto e da possível invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o objetivo de desacreditar a apuração eleitoral das urnas eletrônicas.
Após a PF aceitar o acordo de delação premiada, a defesa de Cid solicitou a liberdade provisória dele ao ministro Alexandre de Moraes.
O pedido agora será analisado pelo ministro relator dos inquéritos pelos quais Mauro Cid é investigado.
Defesa de Bolsonaro comenta sobre o acordo
Fabio Wajngarten, advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, comentou sobre a possível delação premiada do tenente-coronel.
Wajngarten afirmou que “não há o que DELATAR” em relação a Mauro Cid.
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