Rio Grande do Sul, 6 de setembro – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou em uma coletiva realizada na Univates nesta quarta-feira, 6, que vai decretar estado de calamidade pública devido às fortes enchentes que assolam a região.
A situação é considerada emergencial, e a medida tem como objetivo acelerar o auxílio aos municípios afetados.
O número de vítimas fatais do ciclone extratropical chegou a 31, um dos mais altos da história dos desastres climáticos no estado.
Anunciei há pouco a decretação de estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul por conta das cheias que já deixam 31 mortos. Estamos mobilizados para resgatar as vítimas e reconstruir tudo que foi destruído pela tempestade.
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) September 6, 2023
Além disso, Eduardo Leite também confirmou que os desfiles cívicos que tradicionalmente ocorrem no dia 7 de setembro foram cancelados em todo o estado devido à situação crítica.
O cancelamento reflete a prioridade dada à resposta às enchentes e à proteção da população.
O Exército brasileiro mobilizará 180 militares para a região do Vale do Taquari, juntamente com maquinário pesado para auxiliar na remoção de entulhos e na reconstrução das cidades afetadas.
O ministro de Estado da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, esteve presente na coletiva e descreveu a situação como um “cenário de guerra e muita destruição”, algo sem precedentes na história recente do estado.
Além do estado de calamidade e do cancelamento dos desfiles cívicos confirmados por Eduardo Leite, diversas cidades gaúchas já haviam anunciado anteriormente o cancelamento ou adiamento de seus próprios desfiles devido às condições.
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Em meio a essa situação crítica, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul manteve dois alertas de inundações em vigor para os rios Caí e Taquari, situados na região oeste do estado e ligados ao rio Jacuí.
Esses alertas foram emitidos devido ao aumento do nível dos rios, e as autoridades recomendam que os moradores que vivem próximos às margens evacuem suas casas.
As chuvas intensas, ocasionadas por um ciclone extratropical, já resultaram em 3.084 pessoas desalojadas e outras 1.670 desabrigadas no Rio Grande do Sul.
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