Desse total, 15 corpos foram encontrados em Muçum, cidade mais afetada
Rio Grande do Sul – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), confirmou no fim da tarde desta terça-feira, 5, que o número de vítimas fatais do ciclone extratropical atingiu 21.
No município de Muçum, a cidade mais atingida pelo desastre, foram encontrados 15 corpos.
“A gente lamenta (as mortes) e deixamos todo nosso abraço solidário a estas famílias. E vamos trabalhar para superar isso”, disse o governador em coletiva de imprensa.
Segundo o governador, o número representa a maior quantidade de mortes causadas por um desastre climático na história do RS.
Além disso, ele também confirmou que duas viaturas do IGP de Caxias do Sul irão para Muçum auxiliar na remoção dos corpos.
O ciclone extratropical afetou mais de 80% do município de Muçum, que sofreu com uma enchente no Rio Taquari que atingiu o centro da cidade.
“A cidade de Muçum como conhecemos não existe mais”, disse o prefeito Mateus Trojan, em entrevista à rádio Gaúcha.
A prefeitura confirmou que, além do município estar com a energia cortada por motivos de segurança, Muçum também está sem sinal de telefone.
Mais de 50 municípios gaúchos foram afetados pelo ciclone extratropical, que deve se afastar do Brasil entre terça e quarta-feira, 6.
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A previsão do tempo para os próximos dias no Rio Grande do Sul não é muito positiva.
Apesar do ciclone extratropical se afastar, ainda existem alertas para chuva muito volumosa em setembro.
No próximo fim de semana, a formação de uma frente quente no sul do estado, que depois avança como frente fria, causará fortes chuvas em diversas regiões.
Além disso, mais um evento com volume alto de chuva é previsto para a próxima terça-feira, 13.
A sequência de instabilidade acompanhada de alto volume de chuva se deve ao El Niño, que influencia o clima desde junho.
Por ele ter um efeito maior entre o fim do inverno e início da primavera, a previsão aponta para muita chuva e tempestades frequentes na reta final de 2023.
Esses eventos climáticos podem resultar em enchentes e impactos econômicos no sul do Brasil, além da Argentina e do Uruguai.
No Rio Grande do Sul, setembro pode se tornar um dos meses mais chuvosos da história do estado.
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