Novo reajuste surge em meio a mudanças na política de preços da estatal e impactos do cenário internacional.
A Petrobras divulgou nesta terça-feira, 15de agosto de 2023, um comunicado oficial informando sobre um novo aumento nos preços dos combustíveis que entrará em vigor a partir de amanhã.
Os valores serão reajustados em R$ 0,41 por litro para a gasolina e R$ 0,78 por litro para o diesel nas distribuidoras.
Essa mudança chega em meio a transformações na política de preços da empresa e em resposta às variações nos mercados internacionais.
De acordo com a estatal, a decisão de elevar os preços da gasolina e do diesel é motivada por múltiplos fatores, entre eles o recente aumento nos preços do petróleo no mercado global e a valorização do dólar nas últimas semanas.
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Essa nova estratégia de preços busca reequilibrar os valores da Petrobras em relação ao mercado, ao mesmo tempo em que visa melhorar as margens de lucro da empresa.
A Petrobras esclarece que a variação acumulada dos preços dos combustíveis em 2023, até o momento, registra uma redução de R$ 0,15 por litro para a gasolina e de R$ 0,69 por litro para o diesel.
A companhia também ressalta que os preços efetivamente praticados nos postos de combustíveis são influenciados por uma série de fatores, incluindo impostos, misturas de biocombustíveis e as margens de lucro das distribuidoras e revendedoras.
Esse ajuste nos preços dos combustíveis ocorre em meio a uma mudança na política de preços da Petrobras, que recentemente eliminou a prática da paridade de importação (PPI).
Essa abordagem anterior ajustava os preços dos combustíveis com base nas cotações internacionais do petróleo e do dólar.
Agora, a estatal busca precificar seus produtos levando em consideração suas condições internas de refino e logística.
A volatilidade nos mercados internacionais e a recente alta dos preços do petróleo levaram a Petrobras a realizar ajustes para garantir sua operação de forma sustentável.
A empresa mantém seu compromisso de transparência, disponibilizando informações detalhadas sobre a formação e composição dos preços médios de combustíveis para os consumidores em seu site oficial.
Nota da Petrobras:
A partir de amanhã (16/08), a Petrobras aumentará em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,93 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba.
No ano, a variação acumulada do preço de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,15 por litro. Para o diesel, a Petrobras aumentará em R$ 0,78 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,80 por litro.
Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba.
No ano, a variação acumulada do preço de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 0,69 por litro. Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.
Apesar da justificativa da Petrobras para os aumentos e de suas tentativas de equilibrar os preços, os consumidores brasileiros se veem diante de um cenário desafiador, onde os custos para manter seus veículos em movimento podem aumentar consideravelmente.
A tendência dos preços dos combustíveis continua sendo uma questão sensível e importante para os brasileiros e para a economia do país.
Variações nos valores de combustíveis em diferentes cidades e estados do país; Pernambuco lidera como o local mais econômico para abastecer
A semana se inicia com um cenário de aumento nos preços dos combustíveis, com destaque para a gasolina comum e aditivada, que registram uma alta de 16,3% nas refinarias.
Até então os consumidores enfrentavam um preço médio de R$5,53 por litro para a gasolina comum e R$5,71 por litro para a aditivada.
As flutuações nos preços são notáveis ao percorrer o Brasil. No município de São Paulo, Sorocaba, Diadema e Mococa, a gasolina comum pode ser encontrada por R$4,50 a R$4,60 por litro.
Enquanto na capital, Mogi das Cruzes e Santo André, o combustível está sendo comercializado a R$4,70 por litro. No extremo oposto, a cidade de Tefé, no estado do Amazonas, lidera a lista com o valor de R$7,30 por litro, consolidando-se como a localidade mais cara para abastecer.
Os preços do óleo diesel comum e S10 também acompanham a tendência de alta, com incrementos de 1,20% e 1,60%, respectivamente no valor repassado ao consumidor.
No município de Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro, os motoristas encontrarão o óleo diesel comum a um valor médio de R$4,10 por litro, enquanto o óleo diesel S10 mais econômico pode ser encontrado em Sorocaba, São Paulo, por R$4,90 por litro.
No entanto, há boas notícias para os consumidores de etanol, gás veicular e gás de cozinha. Os preços desses combustíveis registraram queda esta semana, apresentando variações de -0,85%, -0,45% e -0,40%, respectivamente.
O GLP, conhecido como gás de cozinha, apresenta um preço médio de revenda de cerca de R$100,90 no Brasil. Garanhuns e Lajedo, em Pernambuco, destacam-se como as cidades com os preços mais acessíveis, comercializando o gás de cozinha a R$75,00 e R$77,00, respectivamente.
Em termos estaduais, Pernambuco lidera como o estado mais barato para abastecer, seguido pelo Rio de Janeiro e Alagoas.
Por outro lado, Roraima, Acre e Rondônia figuram como os estados com os preços mais elevados. Em relação às regiões brasileiras, o Norte do país se destaca pelo maior preço médio de combustíveis, seguido pelo Centro-Oeste e Sul.
A região Nordeste ocupa a quarta posição, enquanto a região Sudeste se destaca por oferecer a média mais baixa de preços, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Fontes: Petrobras, ANP, Brasil 61
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