Praias da costa da Normandia, que foram invadidas pelos Aliados na 2ª Guerra Mundial, sofrem com a erosão e aumento de marés
No dia 6 de junho de 1944, praias como Utah e Point-du-Hoc hospedaram, com muito sangue, soldados dos EUA, Canadá e Inglaterra na Normandia, França. No entanto, a história se encontra ameaçada.
O dia, a chacina, a matança realizada pelos soldados alemães nas praias com suas metralhadoras MG-42, ficou marcado na história da humanidade. Nos dias de hoje, permanecem naquelas praias bunkers, arames farpados, crateras e muitos mais. Com isso, quase 1 milhão de turistas visitam a Normandia ano após ano.
Porém, o aquecimento global, que provoca o aumento do nível dos oceanos, já causa consequências graves para as memórias ainda presentes do histórico ‘Dia D’. Tempestades e altas marés estão provocando grandes erosões nos penhascos das praias, destruindo o que sobrou dos bunkers alemães e modificando toda a geologia dos locais. Portanto, as costas francesas devem sumir por completo.
LEIA TAMBÉM:
Scott Desjardins, superintendente da organização de preservação American Battle Monuments Comission, admite que os famosos locais desaparecerão no futuro:
“Não há absolutamente nenhuma dúvida de que vamos perder mais do nosso penhasco. Sabemos que não vamos lutar contra a mãe natureza. O que é assustador agora é a velocidade com que isso está acontecendo. Se eu não tiver o local, perco a história do que aconteceu aqui” – lamentou Desjardins.
Dados oficiais apontam que dois terços das costas da Normandia estão sob erosão total. Com a previsão científica de aumento de tempestades e nível do mar, o governo da França começa a reduzir os custos de preservação.
“A costa vai para o interior, temos certeza disso. Precisaremos aprender a viver com o mar, não contra ele” – disse Stéphane Costa, professor de geografia da Universidade de Caen.
Segundo a ONU, os oceanos deverão tomar completamente grandes pedaços de terra do planeta até o ano de 2100. Por isso, grande parte da humanidade precisará buscar refúgio em regiões de interior.
Sugestão de pauta