A Polícia Científica de Joinville identificou os corpos das duas mulheres esquartejadas, encontradas em um cemitério clandestino, em Balneário Barra do Sul, no Litoral Norte de Santa Catarina. Segundo as informações divulgadas nesta segunda-feira, 22, pela polícia, elas estavam desaparecidas desde o final de março.
As vítimas foram identificadas como Lusimar Laus, 61 anos, e Liliane da Silva, 49 anos. As duas mulheres esquartejadas estavam dentro de uma cova, nos fundos de um terreno.
De acordo com a polícia, as duas foram vistas pela última vez em 20 de março. Segundo familiares das vítimas, elas estavam entrando em um carro preto na ocasião. No entanto, as famílias só registraram o desaparecimento em 16 de maio, quase um mês após a ocorrência.
De acordo com a Polícia Civil, as vítimas e o suspeito não têm grau de parentesco ou amizade próxima. No entanto, as investigações indicam que elas o conheciam, além de provavelmente terem ido ao endereço por conta própria.
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A delegada Tânia Harada, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), informa que existe a suspeita de que as vítimas tenham sido dopadas com medicamentos e bebida alcoólica, antes de serem assassinadas.
Por isso, segundo a delegada, a vizinhança não escutou nenhum barulho relacionado ao crime.
Casa onde a polícia encontrou as vítimas estava à venda
Após uma denúncia, os policiais encontraram os corpos e prenderam o morador do imóvel.
Além disso, os agentes encontraram um anúncio da venda da casa na OLX, no valor de R$ 65 mil. Doze dias antes da polícia encontrar as mulheres esquartejadas, o dono do imóvel publicou o anúncio. Segundo as informações na OLX, o motivo da venda era que os donos estavam “indo embora do Brasil”.
No momento em que a polícia deteve o suspeito, ele mostrava o terreno para interessados em comprar o imóvel. Por isso, ele pode responder por ocultação de cadáver e homicídio.
O que se sabe sobre o caso
Os policiais encontraram objetos cortantes sujos de sangue, bem como aparelhos telefônicos, durante a perícia no terreno. A Polícia Científica analisará todos os itens.
Além disso, segundo a delegada, o morador da casa negou o crime durante o depoimento.
“Uma característica que chamou bastante a atenção é que ele permaneceu calmo, disse que não tinha nada a ver com isso e nem sabia como os corpos teriam parado lá”, relata a investigadora.
Por fim, a Polícia Civil não tem informações sobre a motivação e dará continuidade às investigações.
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