O país ainda se encontra tomado por protestos pela morte da jovem Mahsa Amini, gerando execuções em massa pelo governo autoritário
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um cálculo recente, que mostra que o Irã executou um total de 209 pessoas contrárias ao seu governo neste ano, até o momento.
“Em média, até agora este ano, mais de 10 pessoas são condenadas à morte a cada semana no Irã, tornando-o um dos maiores executores do mundo. O chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, expressou hoje sua consternação com o número assustadoramente alto de execuções este ano no Irã” – afirmou a porta-voz Ravina Shamdasani.
O Irã ainda se vê tomado por protestos da população. No final do ano passado, a jovem Mahsa Amini morreu após sofrer lesões e torturas pela agora extinta ‘Polícia da Moralidade’. A razão para o caso foi o fato de Amini não vestir corretamente o hijab, o véu islâmico. Ela morreu após três dias internada.
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A família da mulher começou a acusar a Polícia e o governo de assassinos, o que gerou uma revolta popular sem precedentes. Desde então, o Irã têm executado muitas pessoas nestas manifestações, que se tornaram violentas rapidamente.
Além disso, o país possui leis e códigos que restringem as mulheres o máximo possível. O último caso noticiado era de um casal de jovens que acabou preso e condenado a 21 anos por publicarem um vídeo dançando valsa em público.
A ONU considera o estado atual do país árabe como “abominável” e “totalmente desumano”.
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