Juana Lazo Díaz, de 74 anos, possui uma casa pequena de herança e possui permissão do diretor da prisão de Lurigancho para transitar
Ao leste da capital Lima, no presídio de Lurigancho, uma idosa chamada Juana Lazo Díaz, de 74 anos de idade, vive dentro de uma casa de 250 m².
Apelidada carinhosamente de “Dona de Lurigancho”, Juana mora no terreno há quase três décadas por conta de querer manter a casinha que era de sua família. Ela ocupa o lugar desde 1966, quando seu pai se mudou com ela e o resto dos irmãos. Como forma de aliviar a lotação de outras prisões em Lima, o presídio de Lurigancho acabou construído.
Isso não incomodava Juana, mas com o tempo, o presídio recebeu uma expansão do terreno, que englobou a casa da idosa peruana. Ela se recusou a sair e o diretor de Lurigancho não se opôs, muito pelo contrário. Juana recebeu total permissão para ir e vir quando quiser, mesmo com guardas no entorno da residência, hoje cercada.
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Até pouco antes da expansão da prisão, Juana morava com grande parte da sua família, incluindo filhos e netos. Eles decidiram sair quando souberam da notícia oficial, deixando a idosa, que se recusou a deixar o patrimônio.
“Fui deixada sozinha, todos foram embora. Meus irmãos, meus filhos, eles não queriam lutar. Mas eu sempre dizia: “Se meu pai ganhou esta casa de consciência limpa, por que vou abandoná-la?”” – explicou Juana, em entrevista a um jornal local.
O Instituto Penitenciário Nacional (INPE) entrou com dois processos de despejo contra Juana, mas não chegaram a se concretizar. Rolando Barrios, um advogado, auxilia o caso da idosa de forma ad honorem (à honra) e busca uma indenização pelo governo do Peru. Ao mesmo tempo, eles brigam pelo direito a uma moradia digna, caso Juana realmente seja despejada de sua casa.
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