Anunciada por Putin e Lavrov, a nova doutrina visa ajudar o mundo a se livrar da “dominação” dos EUA
Nesta sexta (31), a Rússia instaurou uma nova doutrina diplomática, que envolve considerar os EUA uma “ameaça existencial constante” e fortificar os laços com países aliados de longa data. Anunciada pelo presidente Vladmir Putin, e o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, o novo documento entra em vigor o quanto antes.
Composto de mais de 40 páginas, o documento detalha que a Rússia se tornará a principal “defensora do mundo”. O principal passo para isso é combater as influências norte-americanas pelo planeta, deixando o mundo menos monopolizado e mais polarizado.
“A Rússia pretende dar atenção prioritária à eliminação dos vestígios do domínio dos EUA e de outros Estados hostis, nos assuntos globais” – diz trecho ameaçador da nova doutrina russa.
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Segundo Putin, a alteração em todo o sistema diplomático russo se deve às “grandes transformações internacionais”. A fala é uma clara referência às tensões globais desde o começo da guerra contra a Ucrânia, o fortalecimento da OTAN e a constante guerra fria entre EUA e Rússia.
A nova doutrina também visa fortalecer todos os laços com os países aliados de longa data. Estes países compõem os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além de outros do Oriente Médio, governados por ditaduras islâmicas. Quem faz a afirmação é Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores, em reunião com o Conselho de Segurança russo:
“Como recurso crucial, está se consolidando um curso para desbloquear o potencial de parceria estratégica com nosso grandes vizinhos: a República Popular da China, a República da Índia, os países do mundo islâmico, assim como os Estados da ASEAN, do continente africano, da América Latina e do Caribe” – anunciou Lavrov.
“A Rússia luta por um sistema de relações internacionais que garanta segurança confiável, preserve sua identidade cultural e civilizacional, e proporcione igualdade de oportunidades de desenvolvimento para todos os Estados” – finalizou o ministro.
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