Usando uma previsão de Albert Einstein, eles encontraram o gigante ultramassivo, escondido em outra galáxia
Na terça (28), a revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society relatou, em artigo, a descoberta de um buraco negro com 30 bilhões de vezes a massa do Sol, considerado “ultramassivo”.
Usando uma previsão de Albert Einstein e medições do supercomputador DiRAC COSMA8, além de imagens do telescópio espacial Hubble, os astrônomos encontraram o buraco negro e identificaram a massa total. O fenômeno é oito vezes maior que o buraco negro central da Via Láctea. Ele se encontra em uma das galáxias do aglomerado Abell 1201, à 2,7 bilhões de anos-luz da Terra.
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Impressionados com o tamanho do monstro galáctico, os astrônomos comentaram que a descoberta estabelece um novo limite para os buracos negros:
“Ele está no limite superior de quão grande acreditamos que os buracos negros podem, teoricamente, se tornar. Encontrar os buracos negros ultramassivos é apenas o primeiro passo para descobrir como esses monstros crescem tanto” – comentaram no artigo da revista científica.
A teoria da relatividade geral de Einstein, combinada com a técnica de lente gravitacional, possibilitou a detecção do corpo celeste ultramassivo. Com isso, os astrônomos observaram através das luzes de galáxias, completamente distorcidas pela gravidade e pelo espaço-tempo. O efeito se parece, basicamente, com uma lente de lupa, permitindo visualizar “com zoom” o que está à bilhões de anos-luz de distância.
Ainda assim, este não é o maior buraco negro já registrado. O maior até o momento se chama TON 618, localizado à 10,4 bilhões de anos-luz da Terra e com massa de 66 bilhões de vezes o nosso Sol.
Agora, fica a esperança de tentarem fotografar o buraco negro, assim como fizeram com o buraco negro supermassivo do centro da Via Láctea.
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