Anúncio feito pelo secretário-geral Jens Stoltenberg pode escalar a guerra contra a Rússia
Nesta terça (28), Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, anunciou o que o governo de Volodymyr Zelensky tanto quis nos últimos anos: a Ucrânia entrará para a OTAN.
Durante coletiva de imprensa, Stoltenberg complementou que, no entanto, a adesão ficará para depois. A guerra contra a Rússia continua a todo vapor e sem sinal de término, mas com esforços mundiais em mediação de uma negociação de paz.
“Os países da OTAN concordam que a Ucrânia se torne membro da aliança, mas ao mesmo tempo é uma perspectiva de longo prazo. A guerra do presidente Putin na Ucrânia continua, e não há sinal de que ele vá mudar seus planos. Ele quer controlar o país e não está se preparando para a paz, e sim para mais guerra” – comentou Stoltenberg para jornalistas.
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Ao lado da primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, o secretário-geral afirmou que “devemos encontrar marcos que garantam que o presidente Putin e a Rússia não voltarão a invadir a Ucrânia”.
É importante lembrar que a principal motivação da invasão russa no país de Zelensky foi a tentativa de adesão ucraniana à OTAN. Sabe-se que os países-membros da organização possuem tropas norte-americanas em seus territórios, logo, Vladmir Putin teme que estas tropas cheguem tão próximas das fronteiras russas.
Em entrevistas recentes, tanto Putin quanto o ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmaram que o conflito armado significa, mais do que nunca, “a luta pela sobrevivência da Rússia”. Segundo eles, caso sejam derrotados na Ucrânia, a Rússia “desaparecerá do mapa”. Os líderes ainda não deram detalhes sobre isso, mas provavelmente se referiram ao medo de um possível ataque em larga escala da OTAN.
Jens Stoltenberg busca ainda a entrada da Suécia e da Finlândia à organização, mas a Turquia e a Hungria seguem vetando.
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