Embarcação de contrabandistas sofria com o alto peso de pessoas, gerando uma tragédia em Crotone
No domingo (26), um pequeno barco, lotado de imigrantes afegãos, paquistaneses e iraquianos, bateu contra um rochedo e naufragou. O fato ocorreu na costa de Crotone, em Calábria, Itália.
A tragédia acabou resultando nas mortes de até 62 pessoas. Vários corpos ficaram boiando pelo mar, e os resgates sendo conduzidos pelas autoridades italianas. Alguns conseguiram sobreviver e rapidamente deram depoimentos sobre o fato.
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Segundo eles, os contrabandistas lançaram até 20 pessoas em alto-mar para aliviar o peso da embarcação, matando-as afogadas. Pouco tempo depois, o barco bateu contra um rochedo próximo à costa italiana, resultando no naufrágio e morte de ainda mais pessoas.
Contrabandos via barcos são bastante comuns pelo Mar Mediterrâneo. A grande maioria dos imigrantes transportados são africanos e afegãos. Eles pagam um alto preço para fugirem de seus países, em direção à Europa. Há registros de vários outros acidentes com barcos de contrabando, pois as viagens não possuem qualquer segurança além do casco da própria embarcação.
Na quinta passada (23), o Parlamento da Itália aprovou uma nova lei que limita as ações de resgate de imigrantes pelas ONGs. Agora com permissão de realizarem apenas um resgate por vez, e proibidas de realizarem buscas em alto-mar por sobreviventes, as ONGs italianas sofrem represálias pelo programa anti-imigração.
Um barco de resgate da ONG Médicos Sem Fronteiras já acabou apreendido por 20 dias, além de receber uma multa de 10 mil euros (R$ 55 mil). A organização repreendeu a atitude do governo, afirmando que “é inaceitável sofrer punição por salvar vidas”.
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