Acordo ‘New Start’, assinado em 2010, reduzia a capacidade nuclear de ambos os países e incluía vistorias
Na terça (21), durante uma reunião para políticos de elite e militares russos, o presidente Vladmir Putin anunciou a retirada da Rússia do acordo nuclear ‘New Start’, gerando preocupação internacional.
“Sou forçado a anunciar hoje que a Rússia está suspendendo sua participação no Tratado de Redução de Armas Estratégias” – afirmou Putin.
O acordo New Start, assinado em 2010 por Barack Obama e Dmitry Medvedev, forçava os EUA e a Rússia a reduzirem suas capacidades de armas nucleares, impedindo-os de instalarem ogivas em novos mísseis e bombas. Junto disso, o acordo permitia que os países enviassem técnicos para a inspeção dos equipamentos de cada um, na intenção de confirmarem o cumprimento do acordo de ambos os lados.
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Assim que Joe Biden assumiu a presidência dos EUA, em 2021, ele estendeu o acordo para até 2026. Agora, com as tensões mundiais se escalando por conta da guerra na Ucrânia, a Rússia se retirou do tratado, em clara ameaça nuclear aos EUA.
Putin afirma que assinou um decreto que permite aos seus militares deixarem as armas nucleares táticas prontas para o uso. No entanto, ele afirma que retomará testes nucleares somente se os EUA retomarem antes.
“Há uma semana, assinei um decreto sobre a colocação de novos sistemas estratégicos terrestres em serviço de combate. É claro que não faremos isso primeiro, mas se os Estados Unidos realizarem testes, então nós o faremos. Ninguém deve ter ilusões perigosas de que a paridade estratégica global poderá ser destruída”
O discurso e a retirada russa do New Start causou preocupação global imediata, uma vez que as tensões entre países não param de crescer. Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, afirmou que “mais armas nucleares e menos controle tornam o mundo mais perigoso”. Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, afirmou que as falas de Putin são infelizes e irresponsáveis. Ainda segundo Blinken, os norte-americanos estarão “posicionados adequadamente para a segurança de nosso próprio país e de nossos aliados”.
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