Com o balão em mãos após o resgate no mar, militares norte-americanos começaram as investigações do equipamento
Na quinta (9), o Departamento de Estado dos EUA apontou que o balão chinês, que sobrevoou o país no último fim de semana, possui tecnologia avançada de monitoramento de imagens e comunicação.
O resgate do equipamento aconteceu no Oceano Atlântico, na costa da Carolina do Sul, por militares da Marinha norte-americana. Após o começo das investigações do equipamento, constatou-se a presença de tecnologia de monitoramento que pode cobrir áreas de quilômetros, além de passar furtivamente por radares militares e tirar fotos em alta resolução.
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Segundo o governo em Washington, se o balão fosse para fins meteorológicos e de uso civil, como a China afirmou, o governo de Pequim teria notificado aos EUA sobre a passagem do equipamento. Eles completam dizendo que se não fosse para fins de espionagem, o balão não teria a capacidade de “passar escondido” pelos radares.
Wendy Sherman, vice-secretária de Estado norte-americana, disse em audiência no Comitê de Relações Exteriores do Senado que o governo chinês é o único que pode “reformular a ordem internacional” caso queira. Por isso, ela afirma que os EUA não permitirão que a China continue usando de tecnologia estrangeira para fins militares próprios:
“A República Popular da China é a única concorrente com a intenção e os meios de reformular a ordem internacional. Na semana passada, o povo norte-americano viu o exemplo mais recente dessa realidade” – disse Sherman.
Os EUA seguem insistindo que outros modelos do balão sobrevoam, neste momento, todos os continentes do planeta. Logo após o abate do balão que sobrevoou Montana, outro acabou confirmado passando sobre a Costa Rica e a Colômbia, na América Latina.
A China assumiu a responsabilidade pelos balões, mas insiste que são para fins meteorológicos e que estão sobrevoando outros países por interferências climáticas. Os EUA têm entrado em contato com diversos países para denunciar os balões.
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