Em seu livro autobiográfico ‘Spare’, o príncipe da Inglaterra relata várias passagens de sua vida
Em entrevistas recentes sobre o lançamento de seu livro biográfico, o príncipe Harry têm comentado sobre diversas experiências de vida. O portal Daily Telegraph, que teve acesso antecipado ao livro, destacou um trecho em que Harry relata suas experiências como soldado do Exército Britânico, na guerra do Afeganistão.
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No trecho do livro ‘Spare’, que está com lançamento marcado para amanhã (10), Harry relatou que matou 25 talibãs afegãos:
“Não foi uma estatística que me encheu de orgulho, mas também não me deixou envergonhado. Quando me vi mergulhado no calor e na confusão do combate, não pensei naqueles 25 como pessoas. Eram peças de xadrez removidas do tabuleiro, pessoas más eliminadas antes que pudessem matar pessoas boas”
Anas Haqqani, um dos principais líderes atuais do Talibã, comentou sobre a confissão do príncipe. Segundo ele, os talibãs assassinados eram “humanos, eles tinham famílias que estavam esperando pelos retornos”:
“Eles não eram peças de xadrez, eram humanos. Eles tinham famílias que estavam esperando pelo retorno. Entre os assassinos de afegãos, muitos não têm sua decência de confessar seus crimes de guerra.
As confissões recentes do príncipe Harry, que matou brutalmente 25 de nossos homens durante sua missão no Afeganistão, mostram que esses crimes não estão limitados a Harry, mas a todos que ocupam nosso país. É triste que os países ocidentais se considerem defensores dos direitos humanos, mas essa é a realidade de seus atos.
O Afeganistão, como nação muçulmana, não vai esquecer desses atos e sempre defenderá sua terra” – finalizou Haqqani, em resposta.
Em agosto de 2021, a organização terrorista Talibã invadiu e tomou o governo do Afeganistão. Milhares de cidadãos afegãos tentaram fugir nos últimos aviões para fora do país antes que os aeroportos fossem tomados e os vôos cancelados. As cenas chocaram o mundo pela brutalidade e o desespero.
Recentemente, o Talibã proibiu às mulheres de cursarem as universidades do Afeganistão. Além disso, também as proibiram de trabalharem em ONGs humanitárias.
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