Satélite natural do planeta anelado é o único lugar conhecido, além da Terra, que possui rios, lagos e mares na superfície
Entre os dias 4 e 7 de novembro, o telescópio espacial James Webb, da NASA, se juntou ao Observatório Keck, no Havaí, para fotografar Titã, lua de Saturno. O motivo dessa união é o registro da presença de nuvens no satélite.
Titã é amplamente conhecida por ser o único lugar do Sistema Solar, além da Terra, que possui rios, lagos e mares em sua superfície. As águas não estão congeladas e ainda possuem ondulações, sem descartar a possibilidade de ondas também. Porém, o líquido não é água, e sim hidrocarbonetos (metano e etano).
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Agora, o maior telescópio espacial da atualidade, em colaboração ao telescópio terrestre do Observatório Keck, registraram nuvens em Titã. Através de fotos em infravermelho, eles conseguiram observar o clima do satélite com muito mais precisão. Segundo as imagens, nuvens e neblinas se formaram e se dissiparam entre as fotografias, determinando um sistema climático parecido com o da Terra.
Imke de Pater, professora de astronomia na Universidade da Califórnia em Berkeley, e que lidera a equipe de observação Keck Titan, comentou sobre o processo dos registros:
“Estávamos preocupados que as nuvens tivessem desaparecido quando olhamos para Titã, um dia depois com o Keck. Mas, para a nossa alegria, havia nuvens nas mesmas posições, nas noites de observação seguintes. Pareciam apenas que tinham mudado de forma”
Em 14 de janeiro de 2005, a sonda Huygens, da ESA (agência espacial européia) se lançou em Titã e tirou fotos conforme se aproximava da superfície do satélite. Nas imagens, registraram-se montanhas e uma atmosfera extremamente densa, que cobre o corpo celeste de nuvens muito grossas. A Huygens acabou morrendo pouco tempo depois do pouso, por conta da entrada conturbada na atmosfera da lua.
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