Após ataques de drones ucranianos à bases aéreas em território russo, próxima investida pode ser na vizinha Criméia
Na quinta (8), o porta-voz de Moscou, Dmitry Peskov, afirmou que a Ucrânia pode estar se preparando para invadir por terra ou atacar com drones, a península da Criméia. A região faz fronteira entre os dois países e acabou anexada pela Rússia em 2014.
A possibilidade da península se tornar o próximo alvo estratégico dos ucranianos surge após o exército de Volodymyr Zelensky bombardear bases aéreas na Rússia, com uso de drones. Os ataques, que aconteceram nesta semana, danificaram alguns caças de ataque e bombardeiros, além de deixar soldados russos feridos. Um drone que surgiu em território da Criméia acabou abatido pelos russos, o que levantou a suspeita de uma possível invasão iminente.
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Os ataques às bases russas fizeram com que Vladmir Putin retomasse o assunto sobre o uso de armas nucleares. Em reunião com o Conselho de Direitos Humanos na Rússia, Putin afirmou que, caso o território russo sofra uma invasão, o país responderá:
“Não estamos loucos, sabemos o que são as armas nucleares. Consideramos as armas de destruição em massa como um meio de defesa. Usá-las se baseia no que chamamos de ‘ataque em represália’. Se nos atacam, respondemos”
Putin voltou a acusar os EUA e a Europa de ‘colocarem lenha na fogueira’, ao ajudarem a Ucrânia com armamentos de ponta e outros financiamentos.
“Qualquer conversa sobre armas nucleares é absolutamente irresponsável”, respondeu Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
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