Criação de um fundo de compensação para países menores gera discordância entre os países mais ricos
Programada para terminar nesta sexta (18), a COP 27 teve seu encerramento reprogramado para amanhã (19). O motivo é a discordância entre países ricos com os países de menor desenvolvimento, por conta da criação do fundo de “perdas e danos”.
O fundo significa uma compensação financeira para os países e ilhas mais pobres, como consequência dos efeitos do aquecimento global, provocado pelas maiores nações. A reinvindicação têm como base o aumento do nível dos mares, desastres provocados por fortes chuvas e extensos períodos de seca, desde o ano de 1992.
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Frans Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia, confirmou que a União Europeia está disposta a colaborar com o fundo. Segundo eles, a contribuição só será feita aos “pequenos países vulneráveis”, com o apoio dos países que ainda estão em desenvolvimento (G77).
“Se essa COP fracassar, nós todos perderemos. Não temos tempo a perder”, finalizou Timmermans.
Já no lado norte-americano, o enviado especial da Casa Branca, John Kerry, afirma que os EUA bloquearão qualquer decisão para a criação do fundo.
Apesar da União Europeia estar comprometida com o fundo, alguns países como Suécia, Itália e Áustria ainda são contra. Os impasses comprometem o andamento do encontro internacional sobre o clima mundial, proporcionado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Os EUA, em conjunto com o grupo G7, composto pelos países mais ricos, lançou o fundo “global shield”. O projeto significa a extração de fundos do Banco Mundial e de algumas seguradoras, destinando 130 milhões de euros (cerca de R$ 730 milhões) às questões globais.
Segundo dados, as últimas inundações que deixaram 1/3 do Paquistão submerso somaram US$ 30 bilhões em danos. Isso prova que os países mais ricos precisarão gastar muito mais do que o oferecido, se quiserem colaborar com a recuperação do meio ambiente global.
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