Exército russo recuou diante ameaças de contra-ataque ucraniano na cidade, além de dificuldades para se manterem no terreno
Na quarta (9), a Rússia fez o anúncio público da retirada de suas tropas militares da cidade de Kherson, tomada em 2 de março e anexada como território russo em 30 de setembro. Segundo Serguei Surokivin, comandante das forças armadas russas, a retirada se deve à ameaças de contra-ataque ucraniano para retomarem a cidade. Ele também relata que as tropas estavam tendo dificuldades de permanecerem nos terrenos acidentados.
A Ucrânia e seu exército enxergam essa retirada como uma atitude suspeita. Segundo eles, a movimentação pode resultar em uma emboscada contra tropas ucranianas, quando se sentirem seguros com a retomada da cidade. O coronel ucraniano Roman Kostenko afirma que suas tropas estão em alerta total.
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Mikhailo Podoliak, conselheiro da presidência da Ucrânia, postou no Twitter que o governo não confia em “declarações encenadas na televisão”. Ainda segundo sua publicação, ele diz:
“Ações falam mais alto do que palavras. Não vemos sinais de que a Rússia deixe Kherson sem lutar”
A cidade de Kherson é de extrema importância para os russos, principalmente por possuir um dos maiores portos da região do Mar Negro, o Porto de Odessa. Por conta disso, os ucranianos estão altamente desconfiados sobre a retirada repentina das tropas russas.
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