Conheça diferentes tipos de linhas pedagógicas comuns no Brasil

Saiba como funcionam algumas das linhas pedagógicas e qual se enquadra melhor para cada aluno

Logo após o nascimento dos filhos, os pais já se preocupam sobre a educação e o futuro da criança, mas encontrar uma escola ideal não é fácil; além de considerar a mensalidade, custo de materiais, uniforme e distância da casa até a escola, é preciso se atentar ao tipo de linha pedagógica que a escola segue. Muitos podem não conhecer, mas existem diversas linhas diferentes de ensino. Conhecer cada uma é essencial na hora de escolher a escola certa para seu filho, para que o estilo de ensino seja condizente com o pensamento e comportamento da família e possa integrar de forma harmoniosa as duas esferas de socialização da criança.

Conheça as diferentes linhas pedagógicas mais utilizadas no Brasil.

Escola tradicional

A linha tradicional é a mais comum empregada no Brasil. O seu surgimento remonta à forma de pensamento europeu do século XVIII, e o objetivo é tornar o conhecimento universal, colocando o professor como o centro do aprendizado, que transmite o conhecimento aos alunos em forma de palestra. Ainda conta com os métodos de avaliação por provas periódicas, nas quais o aluno precisa atingir um valor mínimo necessário para subir para o próximo “nível” de aprendizado.

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Escola construtivista

O modelo construtivista é oposto ao tradicional, pois coloca o aluno como centro do conhecimento. Como o próprio nome diz, o aluno “constrói” o aprendizado ao ser estimulado a formular hipóteses e experiências para comprovar ou desmentir suas convicções. Nesse modelo, o professor age como mediador entre o debate de alunos e como uma mão guia invisível que vai conduzir os alunos a descobrirem sua autonomia.

Essa linha também enfatiza o uso de ciclos organizados em bases de conhecimento; quando um aluno termina determinado ciclo, ele passa para o próximo, com novas experiências mais complexas. Essa linha não precisa necessariamente de um método de avaliação, mas existem escolas que desenvolvem os próprios métodos, que são diferentes do modelo tradicional.

Escola Montessoriana

Essa linha pedagógica foi desenvolvida pela educadora italiana Maria Montessori, nos primeiros anos do século XX. Esse método utiliza os métodos de observação e experiências concretas, diferentemente do método construtivista, que, muitas vezes, emprega experiências mentais de solução de problemas. Nessa linha, o aluno é estimulado a aprender no próprio ritmo, sempre utilizando as ferramentas de conhecimento que já possui para absorver novos aprendizados.

Normalmente, as salas de aula possuem poucos alunos, o que disponibiliza mais tempo de atenção do professor por aluno. Além disso, são disponibilizados diversos materiais para que cada aluno decida o que quer aprender naquele dia, embora todos tenham que passar por todos os módulos obrigatórios para continuar avançando; a diferença reside no momento que cada um vai escolher aprender tal assunto. Por exemplo, o aluno A pode escolher estudar inglês na escola na segunda-feira, enquanto o aluno B escolhe matemática; no dia seguinte, eles trocam de matéria, mas, ao final da semana, todos passaram por todos os assuntos.

A forma de avaliação pode ser aplicada por observação dos professores ou aplicação de provas – fica a critério de cada instituição de ensino, pois o objetivo é desenvolver o senso de responsabilidade pelo próprio aprendizado do aluno, e muitos são confrontados por essa nova responsabilidade ao entrar em uma universidade.