Nas eleições deste ano o PSDB catarinense não elegeu nenhum Deputado Federal e somente dois estaduais
A cada eleição o PSDB em Santa Catarina definha um pouco mais. Neste pleito, por exemplo, a sigla elegeu apenas dois deputados estaduais e nenhum federal.
Na Assembleia Legislativa (Alesc), seguirão representando o partido os atuais deputados, Marcos Vieira e Dr. Vicente Caropreso, ambos reeleitos. No entanto, na Câmara Federal a única representante do PSDB catarinense na atual legislatura em Brasília, a atual deputada Geovania de Sá, não conseguiu se reeleger.
Em relação aos atuais Prefeitos do PSDB em SC, eleitos em 2020, são apenas 24 tucanos chefiando prefeituras no Estado, de um total de 295 municípios catarinenses. Um deles, o prefeito de Indaial, André Moser. Contudo Moser viu os candidatos a Deputado apoiados por ele em 2022 tendo um baixo desempenho nas urnas dentro do próprio município.
O que acontece no Estado é reflexo do que ocorre no País, pois segundo especialistas o encolhimento do PSDB deixa o partido muito próximo de se tornar um partido nanico.
A sigla que governou o Brasil duas vezes sofre novo declínio nas urnas, perdendo até mesmo o governo de São Paulo.
Aquele que já foi um dos maiores partidos políticos do Brasil, o PSDB saiu da eleição de domingo, 2, ainda menor, acentuando o processo de decadência da legenda que começou a ser explicitado em 2018.
O PSDB elegeu apenas 13 deputados para a Câmara nesta eleição. A votação total dos candidatos tucanos à Câmara Federal foi de apenas 3,2 milhões – contra 11 milhões em 2014. A situação só não é pior porque a sigla formou uma federação com o Cidadania, o que vai garantir uma bancada de 18 deputados.
O partido também não conseguiu eleger senadores no último domingo, e vai ver sua bancada na casa cair de seis para quatro membros.
Em comparação com seus tempos de glória, o PSDB ainda fracassou em eleger governadores no primeiro turno. Quatro candidatos continuam em disputas de segundo turno pelos governos do Rio Grande do Sul, Paraíba, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, mas todos passaram para a nova rodada em desvantagem, atrás de nomes do bolsonarismo ou da esquerda.
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Derrotas históricas
A derrota mais significativa dos tucanos nas eleições 2022, porém, ocorreu no berço da legenda: o estado de São Paulo. Pela primeira vez em 28 anos o partido perdeu a disputa pelo governo do Estado, não conseguindo nem chegar ao segundo turno do antigo “tucanistão”.
Os resultados de domingo mostraram que o bolsonarismo continua a engolir a velha centro-direita do PSDB em São Paulo. Em vez de um tradicional duelo entre um petista e um tucano, a disputa no segundo turno vai ser protagonizada por Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos). Tarcício aliás, é um carioca que mudou seu domicílio eleitoral para São Paulo em janeiro. Com forte apoio do Planalto, conseguiu reunir 42,3% dos votos no primeiro turno.
Já o candidato tucano, o atual governador Rodrigo Garcia, terminou em terceiro lugar, com 18,4%.
No mesmo estado, os tucanos ainda sofreram outras derrotas simbólicas. Nome histórico da legenda e duas vezes candidato à Presidência, o ex-governador José Serra conseguiu apenas 88 mil votos na sua campanha para deputado federal, amargando a suplência. Os tucanos ainda viram sua bancada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) cair de 13 para 9 deputados.
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