A aeronave foi flagrada no aeroporto de Lages a espera de autoridade; confirmada pelo piloto
Os deslocamentos do avião ambulância de Santa Catarina para Bonito, no Mato Grosso do Sul, nos dias 20 e 25 de janeiro deste ano, custaram ao todo R$ 149.358.60. A aeronave voou duas vezes ao destino turístico, possivelmente, para levar e buscar o governador Carlos Moisés da Silva. A locação do Arcanjo é paga com recursos da saúde.
Os dados estão descritos na fatura de janeiro, encaminhada pela empresa contratada para a Secretaria de Estado da Saúde. A ida a Bonito com o Arcanjo, em 20 de janeiro, teve o custo de R$ 74.113,20. No retorno do avião, no dia 25 de janeiro, o gasto do deslocamento chegou a 75.245,40. Ou seja, quase R$ 150 mil reais pagos com recursos públicos para uma viagem que, em voo comercial sairia por cerca de R$ 1.500,00, incluindo as passagens de ida e volta.
Além disso, a fatura do Arcanjo-06, referente aos voos realizados em fevereiro, foi de R$ 1.113.476,20, quase o dobro do valor mensal da licitação que é de R$ 611 mil. O histórico apresenta 28 deslocamentos em fevereiro de 2022, sendo que em apenas oito situações consta o nome do paciente ao lado. As demais viagens devem ser a pedido da Casa Civil para autoridades.
“Deve ser por isso que estão solicitando aditivo de R$ 1,8 milhão para o contrato. Nesse ritmo o valor total licitado para o ano vai acabar em julho. Mais uma vez o dinheiro do catarinense vai pelos ares para bancar a farra aérea do governador e secretários”, enfatiza o deputado Bruno Souza.
Desde março, o parlamentar denuncia o uso indevido do avião ambulância. Apesar disso, na última sexta-feira, 22 de abril, o deputado flagrou a aeronave no aeroporto de Lages a espera de autoridade, a pedido da Casa Civil, conforme confirmou o piloto.
>>LEIA TAMBÉM: Bebê morre após demora na transferência pelo Arcanjo-06 em SC
O deputado Bruno Souza entrou com Mandado de Segurança na Vara da Fazenda Pública de Florianópolis para ter acesso aos diários de bordo do Arcanjo-06 em deslocamentos a pedido da Casa Civil. E vem solicitando das autoridades competentes que tomem providências com relação a este caso que coloca em risco a vida dos catarinenses.
Sugestão de pauta