As automações possuem o objetivo de aumentar a autonomia dos processos de geração de energia elétrica.
O processo de modernização da Usina Palmeiras, em Rio dos Cedros, Médio Vale do Itajaí, foi iniciada pela Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). O investimento inclui a substituição de automação e a atualização de equipamentos, com o inserimento de componentes modernizados. Ao todo, são investidos R$ 4,7 milhões. A Usina possui a potência instalada de 24,6 MW, e está em operação desde 1963.
Essas automações possuem o objetivo de aumentar a autonomia dos processos de geração de energia elétrica, o que diminui a necessidade de intervenção humana, e também proporciona o monitoramento de variáveis, que auxiliam nas decisões e concentra as informações das diversas usinas em apenas um local, o Centro de Operação da Geração.
O processo de modernização iniciou no último dia 15 de setembro, aproveitando o período de estiagem e baixa afluência nos rios, o que possibilitou o desligamento da usina para a realização da modernização. A expectativa é de que eles sejam concluídos em 60 dias.
Através desta modernização, haverá mais segurança operacional e das equipes que atuam diretamente na operação e manutenção do parque, além de maior disponibilidade de geração de energia. Também será possível que os operadores, em Florianópolis, executem comandos remotamente nos equipamentos e sistemas de todas as usinas da Celesc Geração.
A chefe do departamento de Engenharia e Projetos da Celesc Geração, Estela Christina Müller, explica o motivo da modernização da Usina.
“De tempos em tempos, as usinas passam por processos de modernização. Isso ocorre porque alguns processos, como o de automação, tornam-se obsoletos. Com a modernização que está sendo realizada agora, teremos novas tecnologias e, consequentemente, maior confiabilidade no processo de geração de energia, com menos possibilidade de falhas e maior controle dos níveis de reservatório”.
Outra melhoria implementada é a instalação de rede de fibra óptica entre a casa de força e as barragens. Essa fibra proporcionará que a operação das barragens seja realizada via Centro de Operação da Geração, que receberá a medida dos níveis da usina e realizará comandos remotamente, de abertura e fechamento de comportas 24 horas por dia, 365 dias por ano.
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Escassez hídrica
Desde metade de abril deste ano, o reservatório de acumulação da Usina Palmeiras, em Rio Bonito, tem se mantido muito baixo, próximo do nível mínimo operacional licenciado.
Com a afluência média atual, o reservatório se recompõe muito lentamente e a operação da usina tem sido intercalada com despacho de água para operação de, apenas, uma máquina, e períodos de comporta praticamente fechada (apenas vazão sanitária). Como por exemplo, no último período significativo de comportas quase fechadas de 11 de julho a 29 de julho, o nível do reservatório subiu apenas 0,57 metros em 17 dias.
Desta forma, considerando o período de estiagem histórica que o país tem passado, o momento atual proporciona as condições ideais para a parada das máquinas para automação, uma vez que, a probabilidade de geração de energia é baixa, sendo que a reativação da usina está prevista para a metade de novembro, quando coincide com o início do período úmido do ano.
A parada para investimentos no sistema de automação da Usina Palmeiras foi devidamente informada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), como parte do rito regulatório.
Informações do Governo do Estado
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