Os produtores passam por dificuldades devido à estiagem que se prolonga, principalmente nas regiões Oeste e Extremo Oeste, somadas aos prejuízos deixados pela cigarrinha do milho.
Acumulando prejuízos causados pela estiagem prolongada e pela cigarrinha do milho, os produtores rurais de Santa Catarina solicitam ao Governo Federal a prorrogação de dívidas vencidas e vincendas em 2021. O secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, apresentará a pauta de reivindicações do setor à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante reunião em Brasília nesta segunda-feira, 22.
“Os agricultores de Santa Catarina passam por dificuldades devido à estiagem que se prolonga, principalmente nas regiões Oeste e Extremo Oeste, somadas aos prejuízos deixados pela cigarrinha do milho. Nossa intenção é buscar alternativas para que os produtores possam continuar trabalhando, investindo e gerando riqueza para Santa Catarina”, destaca Altair Silva.
Neste sábado, 20, o secretário da Agricultura participou de encontro virtual com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) e com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro de Nadal, para alinhar a pauta de reivindicações e de que forma o Governo do Estado pode auxiliar nas tratativas com o Governo Federal.
Entre as maiores demandas do setor produtivo estão a renegociação de dívidas do Plano Safra, a liberação de mais recursos para investimentos e medidas para apoiar os produtores de leite de Santa Catarina. Segundo o presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, além da prorrogação de dívidas que já venceram ou que vencerão este ano, os agricultores pedem ainda a liberação de mais recursos para investimentos.
“Queremos essa atenção especial do Governo Federal para garantir que as dívidas, que o agricultor tem junto ao Banco do Brasil, possam ser prorrogadas para a última parcela do investimento, mantendo os mesmos juros.Estamos esperando também um recurso emergencial de R$ 30 mil com taxa de juros de 2.5% para os agricultores atingidos pela estiagem, com dez anos para pagar e rebate de 20% para quem pagar em dia. É interessante um novo recurso e não aquele já disponível pelo Plano Safra 2020/21”, explica José Walter Dresch.
Durante a reunião virtual, o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro de Natal, reforçou que o parlamento será parceiro na busca de apoio para os agricultores afetados pela estiagem. “Nossa preocupação com a situação da estiagem no Oeste do Estado é constante. Trabalhamos em ações que busquem ajudar nossos agricultores em épocas difíceis.
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Vamos encaminhar, em nome da Assembleia Legislativa, um ofício à ministra da Agricultura endossando a necessidade de uma atenção maior por parte do Governo Federal à nossa região”.
Quebra na safra de milho em Santa Catarina
Segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa), a safra de milho em Santa Catarina terá uma quebra de 28,4% em relação à estimativa inicial, fechando em 2,07 milhões de toneladas. A estiagem prolongada em 2020 e a cigarrinha do milho causaram a perda de aproximadamente 800 mil toneladas do grão nas lavouras do estado, principalmente no Oeste e Extremo Oeste.
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