A estimativa é de que ao menos 450 mil empregos diretos e indiretos foram perdidos desde março do ano passado.
Representantes da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) estiveram nesta quarta-feira (10/02), em Brasília, reunidos com parlamentares e representantes do Governo Federal, pleiteando a aprovação de um plano emergencial de recuperação do setor, que foi um dos mais prejudicados com a pandemia da Covid-19.
Com arrecadação média de até R$ 4 bilhões por ano, o ramo de eventos engloba cerca de 32 setores na cadeia produtiva. “Vai desde o garçom, o segurança, o profissional de luz, de som, os artistas. É uma cadeia produtiva muito grande, são muitos empregos que estão comprometidos e empresas que estão com problemas sérios”, afirma Dudu Cunha , da Dcx Eventos (SC)
A estimativa é de que ao menos 450 mil empregos diretos e indiretos foram perdidos desde março do ano passado, quando passaram a vigorar as medidas de isolamento e distanciamento social.
O presidente da Abrape, Doreni Caramori Júnior, explica que o objetivo maior do setor é garantir a sobrevivência das empresas até a retomada das atividades.
Uma das ajudas, prometida pelo governo federal, passa pela liberação de R$ 406 milhões para o setor por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“O que de fato tem deixado a categoria ansiosa é a falta de um plano, um planejamento que possa definir um cronograma de retorno às atividades com todas as preocupações sanitárias, e também, além disso, há possibilidade de se ter um apoio financeiro a esse setor que é um dos que mais emprega no Brasil”, diz Wrias Moura, diretor da Kalor Produções.
Ressaltando a capacidade de geração de emprego e renda do setor, ele lembra que o total de empregos perdidos em razão da pandemia corresponde ao efeito do fechamento de até 80 fábricas da Ford.
O deputado Felipe Carreras, autor do Projeto de Lei que cria o programa emergencial para o setor, acredita que o texto seja aprovado ainda essa semana.
Para a aprovação da matéria, a Abrape conta com o apoio de ao menos 100 deputados.
Além da ajuda financeira, o programa prevê o parcelamento das dívidas das empresas do setor, e a garantia de certidão negativa, já que os empresários não têm como pagar suas contas pela paralisação das atividades.
“Acreditamos que sairemos daqui com boas notícias. E se não for agora, em breve acredito que a gente tenha destes poderes uma definição de como poderemos enxergar o setor de entretenimento até o final desta loucura toda que é a pandemia”, pontua Beto Santos, da D e E Entretenimento.
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