Os 50 focos positivos estão distribuídos em onze bairros: o mais crítico é no Nações, com 15.
O aumento considerável de focos positivos do mosquito Aedes aegypti em Indaial tem sido motivo de alerta para o setor de Combate à Dengue Municipal. Somente em janeiro deste ano foram encontrados 50 focos positivos. No mesmo mês, em 2020, apenas oito foram contabilizados. Além disso, a quantidade de 2021 já é quase metade do ano passado inteiro: 122 focos.
Os 50 focos positivos estão distribuídos em onze bairros: o mais crítico é no Nações (15), seguido do Rio Morto (10), Encano Baixo (9), Tapajós (4), Centro (3), João Paulo II (3), Mulde (2), Benedito (1), Encano do Norte (1), Ribeirão das Pedras (1) e Sol (1).
“A situação vem se agravando por todo o estado de Santa Catarina. A cada ano a quantidade cresce expressivamente: em 2018 foram 12 focos; em 2019, 41 e em 2020, 122. Isso traz preocupação, pois muitos focos deixaram de ser encontrados apenas em armadilhas instaladas pelo setor, eles vem se espalhando em outros depósitos, como baldes, ralos, pneus e bromélias de residências”, ressalta o responsável pelo setor de Combate à Dengue Municipal, Eduardo Rafael Prim.
Após a confirmação de um novo foco os agentes de endemias realizam vistorias em todos os imóveis em um raio de 300 metros, a fim de detectar e eliminar possíveis criadouros do mosquito. Depois de dois meses todos os imóveis são vistoriados novamente.
O setor ainda vistoria semanalmente 450 armadilhas implantadas em empresas e residências, com a intenção de monitorar a circulação e proliferação do mosquito em Indaial. A cada 14 dias também são vistoriados 145 pontos estratégicos compostos por ferros-velhos, cemitérios, borracharias, materiais de construção, floriculturas, empresas de reciclagem, entre outros locais que oferecem depósitos de acúmulo da água da chuva. “É fundamental a população receber os agentes de endemias e seguir todas as orientações repassadas por eles”, pede Eduardo.
Mosquito x doenças
O mosquito Aedes aegypti se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do toráx. Nas patas, apresenta listras brancas. Seu ciclo de vida é muito rápido, em sete dias a fêmea está pronta para voar e transmitir os vírus da dengue, zika e chikungunya.
Ao ser infectado, os sintomas mais comuns são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. A doença pode evoluir para uma forma mais grave e ocasionar sangramento na pele, mucosas, órgãos internos e até levar à morte.
“Neste ano já tivemos dois pacientes com dengue, além de seis suspeitas, da qual uma foi descarta e outras cinco esperamos a coleta de sangue para saber o resultado. Os pacientes confirmados realizaram tratamento em casa e estão curados”, comenta Prim.
O mosquito Aedes aegypti também pode transmitir a febre amarela. A vacina contra essa doença está disponível gratuitamente na rede pública de saúde. Podem ser vacinados os usuários com idade entre 9 meses a 59 anos. Quem tem mais de 60 anos ou doença autoimune deve ter autorização médica. Para gestantes está contraindicada a imunização.
Prevenção
O responsável pelo setor de Combate à Dengue Municipal faz um apelo à população para que cada um faça a sua parte no combate ao Aedes aegypti. “Eliminando os depósitos com água parada é possível quebrar o ciclo de proliferação do mosquito”, explica.
Confira as orientações a seguir:
– Evite usar pratos nos vasos de plantas – se usar, coloque areia até a borda;
– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– Mantenha lixeiras tampadas;
– Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– Mantenha ralos fechados e desentupidos;
– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
– Retire a água acumulada em lajes;
– Limpe as calhas, evitado que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
– Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.
Sugestão de pauta