Em humanos, Estado registrou duas mortes por febre amarela, uma em Indaial e outra em Camboriú
O número de macacos mortos por febre amarela em Santa Catarina chegou a 86 neste ano. De acordo com o último boletim epidemiológico da doença, divulgado na quarta-feira (23) pela Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), o vírus continua circulando no Estado.
Em humanos, 17 casos de já foram registrados em 2020, onde duas pessoas morreram. Uma em Indaial e uma em Camboriú. De acordo com o registros, os dois casos eram de homens que não tinham tomado a vacina.
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As mais recentes mortes de macacos foram registradas nos municípios de Apiúna (5), Aurora (1) e Vitor Meireles (1). Os sete animais eram da espécie bugio e tiveram as amostras para exame coletadas em abril passado.
Conforme a secretaria de Estado da Saúde, as novas notificações acenderam um alerta em duas regiões do estado: Serra e Alto Vale do Itajaí, pois comprovam o deslocamento do vírus “pelos corredores ecológicos de SC”.
Casos em primatas ainda são investigados
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Entre 28 de dezembro de 2019 até 19 de setembro, 911 casos foram recebidos pela Dive em 78 municípios de Santa Catarina. Neste período, do total, 583 (64%) tiveram a causa do óbito indeterminada; 211 (24%) permanecem em investigação; 31 (3%) apresentaram resultado negativo; e 86 (9%) foram confirmados.
As regiões de saúde do Médio Vale do Itajaí (com 53 casos confirmados) e Planalto Norte (25) são as que apresentam o maior número de ocorrências.
Segundo a Dive, até 30 de maio foram notificados 164 casos suspeitos. Destes, 147 descartados. Em julho, mais dez casos em humanos foram notificados, sendo que sete descartados e três em investigação.
Serra e Alto Vale do Itajaí estão com cobertura baixa da doença – Foto: Prefeitura de Blumenau
Vacina
A vacina é a melhor forma de prevenir a febre amarela. Todas as pessoas com mais de nove meses devem ser imunizadas. A dose está disponível gratuitamente nos postos de saúde de toda Santa Catarina. Na Serra e Alto Vale do Itajaí, a cobertura vacinal está abaixo de 95% do público-alvo, que é a meta recomendada para prevenção de surto pela doença
“As pessoas que ainda não se vacinaram, devem procurar uma unidade de saúde. É importante lembrar que estamos nos aproximando do período sazonal da doença, momento em que mais epizootias e casos humanos podem ocorrer. Assim, para evitar surtos de febre amarela e óbitos pela doença, a vacina continua sendo a melhor medida de prevenção”, esclarece João Fuck, gerente de zoonoses da DIVE/SC.
Humanos
Entre os 17 casos confirmados neste ano, apenas uma paciente era do gênero feminino. A média de idade dos infectados foi de 41 anos e todos os casos ocorreram com pessoas que não tomaram a vacina contra a febre amarela.
Segundo a Dive, até 30 de maio foram notificados 164 casos suspeitos. Destes, 147 descartados. Em julho, mais dez casos em humanos foram notificados, sendo que sete descartados e três em investigação.