Novo Boletim Epidemiológico também apresenta tendência de redução na média de óbitos causados pela doença no país
O Brasil já registra 82,3% de casos de pessoas recuperadas da Covid-19 no país, com mais de 3,4 milhões de vidas salvas. Os dados foram apresentados pelo Ministério da Saúde durante a atualização do cenário epidemiológico da doença no país, nesta quarta-feira (9/9), em Brasília. Os casos de hospitalizações e de pacientes em acompanhamento também apresentaram estabilidade na curva, com forte tendência de redução. Além disso, o novo boletim trouxe uma queda de 8% na curva de óbitos, passando de 6.212 mortes registradas entre 23 e 29 de agosto para 5.741 no período de 30 de agosto a 5 de setembro.
A estabilização e queda nos dados epidemiológicos, segundo o diretor do Departamento de Análises em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, é resultado da capacidade de resposta rápida do sistema de saúde brasileiro, que tem recebido todo o apoio do Governo Federal durante a pandemia. “A gente tem identificado, a partir da Semana Epidemiológica 30, uma redução no número de novos registros de Covid-19. Nas últimas três semanas, isso tem se mantido estável, mostrando também que há, sim, um aumento no número de pessoas sendo testadas. E, principalmente, com a ampliação do diagnóstico, além do laboratorial, para o diagnóstico clínico, que tem refletido em mais pessoas sendo atendidas e tratadas”, destacou Macário.
Durante a apresentação, ainda foi apresentado o quantitativo de testes distribuídos para diagnóstico da Covid-19 no Brasil. Até 5 de setembro, o Ministério da Saúde enviou mais de 14,5 milhões de testes para diagnósticos da doença, sendo 6,5 milhões de RT-PCR (biologia molecular) e 8 milhões de testes rápidos (sorologia). A pasta distribui os testes conforme a capacidade de armazenamento dos estados e disponibiliza centrais de testagem, que podem ser utilizadas pelos gestores locais quando a capacidade de produção dos laboratórios estaduais chega ao limite.
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Até o dia 5 de setembro, foram realizados mais de 5,6 milhões de exames de RT-PCR para Covid-19, sendo 3,3 milhões na rede pública e 2,3 milhões nos laboratórios privados. Sobre os testes sorológicos, segundo dados do sistema e-SUS Notifica, foram realizados no país mais de 7,5 milhões de exames nas redes pública e privada.
COMPROMISSO PARA UMA VACINA SEGURA E EFICAZ
Ainda durante a coletiva de imprensa, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, falou sobre a suspensão dos testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. Ele afirmou que a saúde da população brasileira é a prioridade do governo federal e da pasta. “Não buscamos apenas uma vacina contra a Covid-19, buscamos e estamos investindo em uma vacina segura e eficaz, em qualidade e quantidade necessárias para imunizar todos os brasileiros”.
O secretário destacou que o Brasil, por ser um país de dimensões continentais e com mais de 210 milhões de habitantes, precisará de uma logística robusta, priorizando os grupos de risco – como idosos, profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à pandemia, profissionais de segurança, educação, entre outros, de acordo com estudos em andamento. “Ainda não sabemos o quanto o cronograma previsto será impactado em razão da suspensão dos testes. É preciso aguardar e avaliar”, explicou.
SAÚDE MENTAL
O Ministério da Saúde também divulgou, nesta quarta-feira (9/9), uma pesquisa com dados sobre a influência da Covid-19 na saúde mental dos profissionais que fazem parte da ação estratégica “O Brasil Conta Comigo”, iniciativa que conta com mais de um milhão de profissionais cadastrados para atuar no combate à doença em todo o país. Os questionários foram respondidos por mais de 185 mil profissionais voluntários, entre maio e julho de 2020, caracterizando o maior banco de dados do mundo em relação à saúde mental de profissionais durante a pandemia do coronavírus.
A pesquisa foi realizada pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde (SGTES), em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e com a Universidade de Minas Gerais (UFMG). Segundo o levantamento, 7% relataram ter diagnósticos psiquiátricos prévios, sendo os mais frequentes a depressão e o transtorno de ansiedade generalizada. Já 58,4% dos participantes estão com a presença de sintomas psicológicos e psiquiátricos abaixo da média na população brasileira. E, 12% apresentaram alta pontuação em sintomas autorrelatados, de acordo com os parâmetros populacionais brasileiros.
Fonte: Agência Saúde
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