Os efeitos negativos do ciclone entrarão na conta do terceiro trimestre
O segundo trimestre deste ano foi atípico para a Celesc, distribuidora de energia de Santa Catarina, por dois motivos: a fase de maior impacto econômico da pandemia e o ciclone bomba no dia 30 de junho, que deixou 1,6 milhão de unidades consumidoras sem luz.
Os efeitos negativos do ciclone entrarão na conta do terceiro trimestre, mas os do coronavírus pesaram no segundo. Mesmo assim, a companhia fechou o trimestre de abril a junho com lucro líquido de R$ 60,7 milhões, alta de 14,1% frente aos R$ 53,2 milhões dos mesmos meses do ano passado, explicado pelo resultado financeiro positivo do período.
O consumo de energia no trimestre ficou em 5.742 GWh, o que representa uma queda de 9,1% frente ao do mesmo período do ano passado (6.319 GWh). Quando se considera o consumo por classes, os dados mostram que o consumo doméstico cresceu 6,7%, o industrial caiu 23,1%, o comercial recuou 18% e o rural caiu 5,6%.
A empresa fechou o trimestre com receita líquida de R$ 1,856 bilhão, 12,5% maior que a dos mesmos meses de 2019. Os custos e despesas operacionais cresceram 13,6%, os custos não gerenciáveis (de energia elétrica e outros) subiram 12,1% e os custos gerenciáveis (PMSO), que incluem pessoal, materiais, serviços e outros, cresceram 15,2%.
O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) alcançou no período R$ 146,9 milhões, 7,1% menos frente aos mesmos meses de 2019, devido aos impactos negativos da Covid-19.
A alta do lucro líquido é explicada principalmente pelo plano emergencial de demissão incentivada da companhia no período, lançado para reduzir as despesas de pessoal no longo prazo, sem o efeito do plano emergencial. Isso levou a uma redução nos custos e despesas operacionais em 17,9%, quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.
Ao se comparar os semestres de 2020 com 2019, verifica-se que no primeiro semestre de 2020, a Celesc obteve lucro líquido de R$ 204,7 milhões, 71,9% superior ao do mesmo período de 2019, influenciado pelo bom desempenho do primeiro trimestre de 2020 e pela receita líquida da empresa que, na mesma comparação, alcançou R$ 3,859 bilhões, 5,3% maior que nos mesmos meses do ano anterior.
Fonte: NSC
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