Uma ejeção de massa coronal disparada na direção da Terra pode ter efeitos catastróficos
Pesquisadores japoneses desenvolveram um novo método para prever tempestades solares.
Também conhecidas como “explosões solares” ou “ejeções de massa coronal”, são fenômenos marcados pela emissão repentina de radiação eletromagnética, lançando plasma e partículas energéticas da coroa solar.
E, da mesma forma que a previsão do tempo na Terra permite que nos preparemos para tufões, tornados e outros fenômenos destruidores, previsões do clima espacial podem nos ajudar a nos preparar para essas tempestades que são consideradas “destruidoras de civilizações”.
Como uma tempestade desse tipo pode causar danos em toda a infraestrutura de energia e comunicações, a expectativa é que as previsões de clima espacial permitam que os controladores desliguem os satélites e as redes de energia de forma controlada, antes de uma queda catastrófica, que exigiria semanas para uma religação total.
Prever tempestades solares é complicado porque não compreendemos exatamente o que as ocasiona no Sol. Tudo o que podemos fazer é usar telescópios para vê-las surgindo, o que significa que as partículas mais energéticas disparadas pela tempestade chegarão à Terra em 8 segundos, pouco demais para qualquer ação defensiva.
Reconexão magnética
Kanya Kusano e colegas do Instituto de Pesquisas Ambientais Espaço-Terra desenvolveram agora um método que permite prever as tempestades solares com até 24 horas de antecedência.
Eles criaram um novo modelo de interpretação das correntes elétricas e dos campos magnéticos na superfície do Sol, que eventualmente se juntam – um fenômeno conhecido como reconexão – e levam à geração da ejeção de massa coronal.
Aplicando o método aos dados coletados entre 2008 e 2019 pela sonda SDO, da NASA, o grupo conseguiu prever sete das nove maiores erupções solares (77%), conhecidas como erupções de classe X.
O melhor que se havia conseguido até hoje era um índice de acerto de 50%. Além disso, as duas explosões que não puderam ser previstas pelo modelo tiveram eventos de reconexão muito acima da superfície solar, fora do campo de visão da sonda SDO, e só por isso elas não foram previstas.
“Agora estamos tentando implementar essa descoberta para uma previsão muito prática do clima espacial,” disse Kusano.
Fonte: inovação Tecnologia
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