Paraná, Amapá, Tocantins, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte também foram beneficiados com a articulação
Em um esforço de colaboração e articulação entre a União, representada pelo Ministério da Saúde, e as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, foram enviadas 61,2 mil unidades de medicamentos anestésicos para intubação a estados com estoques próximos ao colapso. Por meio da parceria alavancada pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro com a Unimed/RJ e a Rede D’Or, em menos de 24 horas os fármacos estavam sendo usados em pacientes de Santa Catarina, Paraná, Amapá, Tocantins, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.
“Foi uma colaboração ímpar da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e das indústrias nacionais, que disponibilizaram estas medicações estratégicas para salvar vidas”, ressaltou o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Franco Duarte.
Essa foi uma das cinco ações implementadas pelo Ministério da Saúde para adquirir, com urgência, os medicamentos para intubação. Paralelamente, foi negociada uma aquisição internacional junto ao Uruguai onde foram adquiridas 54.867 unidades de medicamentos destinados aos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e estão em tratativas mais aquisições junto ao país. Uma compra negociada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) também está em andamento. Os medicamentos são usados no auxílio da intubação de pacientes que se encontram em estado grave ou gravíssimo, internados em UTIs por complicações causadas pela Covid-19.
Em outra frente, foi aberto um processo de pregão via Sistema de Registro de Preços (SRP). A intenção foi proporcionar uma economia em escala e, desta forma, possibilitar a adesão de estados e municípios. Todos os 26 estados e o Distrito Federal aderiram ao processo. Participam do processo 18 empresas. O pregão está em andamento e se encontra na fase de negociação de preço. Com isso, todos os estados e municípios terão prioridade para realizarem seus contratos e planejarem seus cronogramas de acordo com a necessidade e capacidade de armazenagem das medicações.
Já a requisição administrativa proporcionou uma semana de uniformidade, em nível nacional, dessas medicações. Nesta ação foram entregues 862,5 mil unidades para o atendimento emergencial das demandas da rede pública de estados e municípios. O produto foi adquirido, após diálogo com a indústria farmacêutica e sem comprometer as aquisições pela rede privada. Desta forma, o Ministério da Saúde pôde auxiliar estados e municípios no reabastecimento dos estoques.
Acordo tripartite: 61,2 mil unidades de medicamentos para intubação
UNIMED-RJ
- 200 frascos de Cetamina 50ml
- 5.000 ampolas – Atracúrio 10ml
- 5.000 ampolas – Rocurônio 10 ml
- 10.000 de Morfina 10ml
- 10.000 de Midazolam 5ml
- Entregues: Santa Catarina
Rede D’OR
- 800 ampolas – Rocurônio 10ml
- 200 ampolas – Cetamina 50ml
- Entregues: Paraná e Mato Grosso do Sul
SES/RJ e Indústrias nacionais
- 30.000 ampolas de Fentanil
- Entregues: Amapá, Tocantins e Rio Grande do Norte
1,5 milhão de unidades de medicamentos para intubação distribuídos aos estados
Medicamento |
Qtde Enviada |
SES contempladas |
Cisatracúrio 2 mg/ml | 50.000 | SP, ES, GO, MT, RR, MA, BA, AL, SE, AP, RJ, RN, SC, TO |
Dexmedetomidina 100mcg/ml | 25.108 | SP, GO, AM, PA, RN, PE, MT, PI, RR, PB |
Dextrocetamina 50mg/ml | 150.000 | SP, MT, AP, MA, CE, RN, BA, GO, RO |
Fentanila, Citrato 0,05 mL | 673.275 | BA, CE, MA, MT, PB, PE, PI, RN, SP, GO, TO, SE, RO, RJ, PA, AP |
Fentanila, Citrato 1 mL | 102.375 | AP, GO, MA, PA,PI, RJ, RN, RO, SP, SE, TO |
Cloridrato Midazolam 5 ml | 275.000 | SP, MT, RR, PE, GO, AL, SE, AP, CE, PE, PI, RJ, RN, RR, SE |
Cloridrato Midazolam 1 ml | 25.000 | SP, MT, RR, PE |
Pacurônio, Brometo 2 mL | 55.100 | AP, BA, MA, MT, PI, RR, TO |
Propofol 10 mg/ml emulsão inj. | 125.000 | SP, GO, MT, AL, BA, AM, AP,RR, MA, CE, RN, PE, RO, ES, DF, PA, PI, RJ, RN, RO |
Rocurônio, Brometo 10 ml | 47.275 | GO, PE, MA, MT RN, AM, RR, CE e SP |
Suxamatônio 100 mg | 30.000 | RJ, GO, MT, RO, RR, PA, MA, PI, RN, PB, PE, AL, BA, AP |
Fonte: Ministério da Saúde | Por Silvia Pacheco e Luísa Schneiders, da Agência Saúde
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