Produção joinvilense entrou no catálogo na última quarta-feira, dia 22
“Quando o Sol se Põe”, filme feito em Joinville e por joinvilenses, entrou para a lista dos mais assistidos na Netflix nesta semana. Dois dias depois da estreia na plataforma, ele já estava na quarta posição na lista dos 10 filmes mais vistos e na oitava posição entre todas as produções da plataforma.
A expectativa do diretor e da empresa distribuidora é que, neste sábado (25), ele suba para a terceira posição entre os filmes mais vistos da Netflix: era uma aposta que os próprios executivos da plataforma analisaram que seria possível, observando o comportamento de consumo do filme entre quarta-feira (22), quando entrou no catálogo, e a quantidade de espectadores em apenas 24 horas.
— Estamos impressionados com a repercussão, mas muito felizes. É um filme com orçamento de menos de R$ 50 mil competindo com produções que custaram milhões — analisa o diretor do filme, Fabio Farias.
Fabio abriu o Grupo Red há 17 anos em Joinville e nele desenvolve atividades para difusão da arte por meio do teatro e do cinema — sempre com uma pegada na fé e na espiritualidade cristã. “Quando o Sol se Põe” utilizou equipe técnica e atores do elenco de apoio do grupo que, em grande parte, trabalharam de forma voluntária na produção.
Jovens estrelas da música cristã, como Priscilla Alcântara e Filipe Lancaster são os protagonistas da história, que se passa em uma universidade, com um grupo de estudantes que tem uma banda e que sonham em conquistar o prêmio de um festival para resolver os problemas financeiros. As cenas da universidade foram gravadas em uma instituição de ensino de Joinville
“Um filme para assistir e sair, pelo menos, um pouquinho mais leve”, escreveu o crítico de cinema Matheus Mans, que colabora com o jornal O Estado de São Paulo, em seu site.
Fábio acredita que a explicação para o sucesso do filme seja o “boca a boca”, ainda que este esteja sendo realizado virtualmente. O elenco principal do filme também tem realizado a divulgação nas redes sociais, mas esta é, basicamente, a única forma de divulgação do trabalho nacionalmente.
— Não tínhamos verba para marketing, mas acho que as pessoas estão falando umas para as outras sobre o filme. Ele viralizou e tomou uma proporção gigante — comenta ele.
No dia da estréia do filme no catálogo, a cantora Priscilla Alcântara postou nas redes sociais que a mãe estava assistindo ao filme “pela 10ª vez”.
“É muito fofo esse filme, foi muito gostoso de fazer”, comentou a jovem, famosa desde a infância como apresentadora do programa “Bom Dia e Cia” em um de seus Stories.
Os últimos dias também têm provocado uma reviravolta na vida do diretor. Fábio já havia dirigido outros filmes como “Um Lugar para ser Feliz”, “Nunca é Tarde para Recomeçar” e “As Estrelas me Mostram Você”, mas nada se compara à resposta de “Quando o Sol se Põe”.
— Já tínhamos projetos futuros mas agora as empresas estão voltando o olhar para a gente. Um ator também já me procurou dizendo que gostaria de estar no nosso próximo filme. Estamos vivendo um momento em que todos terão que se reiventar pela falta de incentivo público ao audiovisual e pela crise causada pelo coronavírus, e acho que saímos na frente porque estamos acostumados a trabalhar com baixos orçamentos, usando a criatividade — avalia ele.
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