As principais ocorrências são de danos à rede elétrica, destelhamentos de salas de aula e ginásios, queda de forros, alagamentos, queda de árvores sobre parte dos imóveis e prejuízos com o mobiliário escolar
Técnicos e engenheiros da Gerência de Infraestrutura Escolar e das Coordenadorias Regionais de Educação vinculadas à Secretaria de Estado da Educação começaram a percorrer, nesta quarta-feira, 1º, as escolas estaduais catarinenses afetadas pelo ciclone que provocou estragos por todo o Estado desde a tarde de terça-feira, 30. A Secretaria deve concluir o levantamento incluindo as 36 regiões e, ainda nesta semana, partir para a elaboração do plano de ação para recuperar os danos à infraestrutura das unidades.
Apenas na Grande Florianópolis, desde a ocorrência dos ventos fortes e do temporal, na terça-feira, a coordenadoria regional de Educação registrou estragos em pelo menos 33 escolas. Em Jaraguá do Sul, a regional aponta para prejuízos em 22 escolas. O fenômeno climático, porém, teve impacto em praticamente todas as regiões do Estado.
As principais ocorrências são de danos à rede elétrica, destelhamentos de salas de aula e ginásios, queda de forros, alagamentos, queda de árvores sobre parte dos imóveis e prejuízos com o mobiliário escolar.
“A Secretaria de Estado da Educação está realizando o levantamento de prejuízos, para contar, o mais breve possível, com informações mais precisas sobre as escolas atingidas e estimar o investimento que deve ser aplicado nestas obras”, informou o Secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni.
O dia foi de rescaldo, mas também de atenção, com ventos fortes e instabilidade nos serviços de distribuição de energia, telefonia e internet, registrados em muitas das regiões, o que promoveu alterações nas rotinas de alunos, professores e gestores da rede de ensino, que vêm realizando atividades escolares remotas. As 1.065 escolas da rede estadual de Ensino de Santa Catarina estão sem atividades letivas presenciais desde o dia 19 de março, quando as aulas foram suspensas no combate à contaminação por Coronavírus.
Instabilidade em energia, telefonia e internet afeta atividades não presenciais
A queda ou instabilidade dos serviços de energia elétrica, telefonia e internet por conta do ciclone extratropical que atinge o Estado desde a tarde de terça-feira, 30, afeta o calendário das atividades não presenciais da rede estadual de ensino. A Secretaria de Estado da Educação (SED) já emitiu um informe extraordinário às 36 Coordenadorias Regionais de Educação (CRE) orientando sobre a atuação dos gestores escolares neste período.
Entre as principais determinações está a suspensão temporária do envio de atividades escolares não presenciais nas regiões afetadas, até o restabelecimento dos serviços mencionados. Cada Coordenadoria deve gerenciar a situação localmente.
“Estamos cientes do impacto do ciclone no acesso à eletricidade e à internet nas casas de muitos servidores, bem como das famílias de nossos estudantes, inclusive na estrutura física de suas residências, interferindo diretamente no acesso e na realização das atividades remotas pelos professores e alunos”, salienta a diretora de Ensino em exercício, Maria Tereza Hermes.
O fenômeno natural provocou ocorrências em ao menos 101 municípios. A informação é do balanço divulgado pela Defesa Civil no início da tarde desta quarta-feira, 1º de julho.
Atividades alteradas
O documento enviado às CRES nesta quarta-feira, 01, informou ainda a alteração em três atividades previstas:
– Ampliação do prazo de preenchimento dos formulários diagnóstico das escolas, acerca do Retorno às Aulas Presenciais, para o dia 02/07/2020, até as 23h59.
– Transferência da webconferência sobre Gestão Escolar, que seria realizada hoje (01/07), para a próxima quarta-feira, dia 08/07/20, no mesmo horário.
– Transferência de reuniões técnicas programadas pelas Gerências da SED para ocorrerem nesta semana para a seguinte.
Celesc trabalha para recompor a rede
A Celesc registrou o maior dano da história da rede elétrica, após a passagem do ciclone extratropical. No total, 1,5 milhão de unidades consumidoras do estado ficaram sem luz. A Celesc está trabalhando para recompor 90% do sistema até o final desta quarta-feira.
Comunicação
Os fortes ventos dificultam também a comunicação, já que muitas cidades estão sem sinal de telefone e internet ou sem luz. Por isso, é solicitado que a população se mantenha em local seguro e protegido, mantenha a calma e, se necessário, acione os Bombeiros pelo telefone 193.
Fonte: Governo de Santa Catarina
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