A operação cumpre 23 mandados em seis estados e no Distrito Federal
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quarta-feira, 10 de junho, mandados de busca e apreensão em uma empresa no Centro de Itajaí, como parte da Operação Para Bellum, que investiga a compra fraudulenta de respiradores no estado do Pará. A operação cumpre 23 mandados em seis estados e no Distrito Federal. Um dos alvos de busca é o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).
A situação é parecida com a que ocorreu em Santa Catarina: os respiradores foram encomendados por R$ 50 milhões e o estado pagou a metade do valor antecipadamente. Recebeu, com atraso, equipamentos que não correspondiam ao modelo comprado. Segundo informações da PF, os respiradores foram devolvidos pelo governo.
Em nota, o governo do Pará afirma “compromisso de sempre apoiar a Polícia Federal no cumprimento de seu papel em sua esfera de ação”, ressalta que o recurso dado como entrada na compra dos respiradores foi devolvido aos cofres públicos, e também afirma que “entrou na justiça com pedido de indenização por danos morais coletivos contra os vendedores dos equipamentos.”
Além do governador paraense, estão entre os alvos da operação empresas e pessoas suspeitas de participação na compra, inclusive servidores públicos e sócios da empresa investigada.
Em Itajaí, o mandado foi cumprido num escritório de domicílio fiscal, onde funcionam centenas de empresas – uma espécie de coworking. Além de SC, houve busca e apreensão no Pará, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
São investigados os crimes de fraude à licitação, falsidade documental e ideológica, corrupção ativa e passiva e prevaricação.
Dois governadores
Helder Barbalho é o segundo governador no país a ser alvo de operação da Polícia Federal por compras feitas durante a pandemia. O primeiro foi o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
Em maio, após o cumprimento de mandados no Rio, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a PF preparava novas operações.
Fonte: NSC | Por Dagmara Spautz
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