O projeto é avaliado em mais de 6 bilhões de reais e prevê oito anos de atividades, com geração de até 2 mil empregos diretos no auge da produção.
O contrato entre a Marinha do Brasil e o consórcio Águas Azuis, para a construção de quatro navios no estaleiro Oceana, em Itajaí, já tem data para ser assinado. Será no dia 4 de março, em Brasília. O projeto é avaliado em US$ 1,6 bilhão – mais de 6 bilhões de reais – e prevê oito anos de atividades, com geração de até 2 mil empregos diretos no auge da produção.
Havia expectativa de que o contrato fosse assinado na sede do Comitê da Indústria de Defesa de Santa Catarina (Comdefesa), na Fiesc, em Florianópolis, ou mesmo em Itajaí. Mas o peso estratégico do projeto pode ter pesado na decisão de manter a assinatura na capital federal.
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Assim que o documento for assinado, começa a fase de projetos, que será feita a partir de Itajaí. A construção das corvetas – modelo de embarcação escolhido pela Marinha – prevê transferência de tecnologia entre o Brasil e a Alemanha. O consórcio é capitaneado pela alemã Thyssenkrupp e a Embraer.
A Emgepron, empresa de projetos da Marinha do Brasil, já abriu um escritório em Itajaí para acompanhar o processo de construção dos navios, e para auxiliar na aproximação de empresas fornecedoras com o projeto. Há expectativa de que a produção mobilize indústrias de diversos setores.
Com o projeto da Marinha, Itajaí pretende se tornar um cluster da indústria naval de defesa. Mão de obra não falta: a região chegou a empregar 10 mil trabalhadores na época de ouro do petróleo, quando os estaleiros offshore estavam em plena atividade. E que, hoje, não emprega mais do que 1,5 mil. A expectativa é que a construção das corvetas traga novos projetos para a indústria local.
Fonte: NSC | Por Dagmara Spautz | Foto: Marinha do Brasil
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