O vizinho poderá responder pela explosão e, dependendo do entendimento da polícia, também pela morte do empresário.
A perícia feita pelo 13º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina aponta que a causa da explosão que ocorreu no dia 24 de outubro em um edifício de Balneário Camboriú foi a retirada da válvula de segurança por um morador. O acidente deixou gravemente ferido o empresário Ademir Formigoni Junior, 37 anos, que morreu no domingo, 24 de novembro, à noite no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP).
O laudo afirma que em houve ” interferência humana na distribuição da rede de gás”. O problema foi detectado na tubulação de gás que abastece um apartamento vizinho ao do empresário, onde os Bombeiros verificaram que estava faltando a válvula de bloqueio – “ato este que acarretou o vazamento imediato do gás em grande proporção, ocasionando as condições ideais para uma explosão”.
De acordo com o documento, Ademir percebeu o cheio de gás e, ao abrir a porta de seu apartamento para avisar sua vizinha da frente, acionou a iluminação automática do corredor, que provocou a explosão. “Na explosão em análise não restou dúvida sobre sua causa (natureza), não se necessitando, para esse caso, delongas sobre os descarte das demais possibilidades, tendo em vista tratar-se de ação humana indireta, causada por alteração de forma irregular e imprudente da remoção da válvula de bloqueio de 1ª estágio do gás canalizado”, afirma o laudo.
O delegado Artur Nitz, que conduz o inquérito da Polícia Civil sobre o caso, informou que a investigação está praticamente concluída. Ele ainda aguarda o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) sobre o caso, feito em paralelo ao Corpo de Bombeiros – mas confirmou que um morador do prédio, vizinho de Ademir, tentou religar o gás de seu apartamento, que havia sido cortado. E que isso causou a explosão.
O vizinho poderá responder pela explosão e, dependendo do entendimento da polícia, também pela morte do empresário.
Danos
O laudo relata que a explosão, que ocorreu no terceiro andar do prédio, teve reflexos no segundo e no quarto andar. Atingiu portas, janelas, gesso, corredor, elevador e portas corta-fogo. Apesar do impacto, não houve dano estrutural ao edifício.
Fonte: NSC | Por Dagmara Spautz | Foto: PMSC
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